O presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não se pronunciou sobre os resultados das eleições e nem reconheceu a vitória de seu opositor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Esta é a primeira vez que um mandatário não reconhece o resultado sacramentado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) logo após a divulgação.
As primeiras manifestações da família dele vieram na tarde de segunda-feira, 31, com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, escrevendo uma mensagem religiosa, sem mencionar as eleições, e o senador Flávio Bolsonaro agradecendo aos eleitores.
Aliados do presidente já reconheceram sua derrota. Para analistas políticos, o silêncio de Bolsonaro era “previsível”.
É uma tradição no Brasil o candidato derrotado reconhecer a derrota e desejar sorte ao eleito. Isso aconteceu em eleições passadas.
Integrantes do governo Bolsonaro, como o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) já entraram em contato com integrantes da campanha de Lula para oferecer apoio no processo de transição de governo.
O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57 de domingo, quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas. Àquela hora, Lula, tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Bolsonaro, que contabilizava 49,17% de votos válidos.
Ao todo, com 100% das urnas apuradas, Lula obteve 60,3 milhões de votos, e Bolsonaro, 58,2 milhões de votos.
Tradição – Tradicionalmente, candidatos derrotados ligam para o adversário e fazem uma declaração pública reconhecendo a vitória do oponente.
Em 2018, por exemplo, o então candidato do PT Fernando Haddad reconheceu a vitória de Bolsonaro ainda no domingo à noite.
Em 2002, quando Lula obteve a primeira vitória na disputa presidencial, o então adversário dele no segundo turno, José Serra (PSDB), telefonou para o petista e reconheceu a derrota.
Fonte: G1
