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Belíssimo e abandonado palacete na Cidade Velha

No palacete Pinho foi adotado um estilo arquitetônico comum em Portugal nos séculos XVII e XVIII, mas raro no Brasil, que vem da influência dos palácios e vilas italianas do século XVI. O imóvel fica localizado na rua Dr. Assis, quase chegando à avenida Tamandaré, na Cidade Velha.

Sua planta é em “U”, sendo o pátio aberto na frente, uma proposta barroca, é limitado por uma grade como nos similares portugueses. A linguagem dos vãos, que no primeiro pavimento são em arco pleno, e no segundo vergas retas, encimadas por frontões triangulares e curvilíneos, se harmonizam com o revestimento de azulejos e com os lambrequins da parte mais elevada do prédio, chamado de camarinha.

Foi reformado no governo de Duciomar Costa, em uma reforma que custou R$ 3,8 milhões e foi inaugurada somente em 2011, mas está abandonado pela administração pública municipal a quem pertence.

O palacete Pinho, patrimônio histórico de Belém, símbolo da Belle Époque, foi construído em 1897.

Reforma – Em 1992, o Palacete Pinho foi desapropriado pela Prefeitura de Belém, que passou a ser gestora do imóvel. Sem iniciativas de conservação, avançava o estado de degradação do prédio, que chegou a sofrer saques de azulejos e balaústres, entre outros bens, sendo ainda ocupado por moradores de rua.

Em 1995, sob coordenação da arquiteta Jussara Derenji, surgiu o primeiro projeto municipal de restauração do palacete, mas não foi possível captar verbas.

Apenas em 2003 a captação de recursos foi aprovada via Lei Rouanet. As obras se estenderam desde então, sendo realizadas com muitas intervenções e em meio a problemas administrativos.

Finalmente restaurado e reestruturado, o palacete Pinho foi reinaugurado em 11 de janeiro de 2011, em comemoração ao aniversário de 395 anos de Belém, celebrado em 12 de janeiro. Mas não teve nenhuma destinação de uso. Atualmente, já podem ser visto os sinais da deterioração do prédio.

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