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Belém terá Vale Bioamazônico de Tecnologia

Projeto do governo do Pará prevê parque de bioeconomia e inovação, com startups e indústrias de transformação, para tornar o Estado referência mundial em sustentabilidade.

Às vésperas da COP30, que será realizada em novembro em Belém, o governo do Pará anuncia uma das principais apostas para o futuro da região: a criação do Vale Bioamazônico de Tecnologia, iniciativa que pretende transformar o Estado em um dos maiores polos de bioeconomia do mundo.

O projeto foi apresentado pelo governador Helder Barbalho (MDB) durante o NeoSummit COP30, promovido pelo portal NeoFeed. Segundo ele, a conferência representa mais do que uma vitrine internacional — será o ponto de partida para consolidar um novo modelo econômico baseado em tecnologia e sustentabilidade.

“Acreditamos que a biotecnologia pode ser a solução para a Amazônia e para os povos que vivem aqui. Precisamos fazer com que a floresta viva valha mais do que a floresta morta”, destacou Barbalho.

Entre as principais ações está a criação do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, que reunirá startups, laboratórios e indústrias de transformação. A estrutura contará com dois galpões: um voltado à pesquisa e desenvolvimento de soluções bioeconômicas e outro para indústrias de transformação. De acordo com o governo, as empresas não precisarão investir em infraestrutura inicial, já que todo o complexo será entregue pronto para funcionamento.

O Estado também articula parcerias com a Universidade do Estado do Pará (Uepa) e outras instituições de ensino, conectando ciência, tecnologia e biodiversidade a setores como gastronomia e cosméticos. “Já temos a estrutura física, o plano estadual de bioeconomia e o fundo de financiamento voltado ao setor. É o pós-COP chegando, para que possamos, assim como ocorreu no Vale do Silício, usar a tecnologia como motor de desenvolvimento”, afirmou o governador.

Além da aposta na bioeconomia, a preparação para a COP30 inclui investimentos em infraestrutura, mobilidade e turismo. Mais de R$ 1 bilhão foram aplicados em saneamento e macrodrenagem, o maior investimento do tipo já registrado no Estado. Também houve ampliação do sistema de transporte metropolitano e avanço no setor hoteleiro, com a construção de dez novos hotéis em Belém.

Outro destaque foi a redução do desmatamento, que caiu de 4 mil km² em 2018 para 1,3 mil km² no primeiro semestre de 2025. Para Helder Barbalho, os números reforçam o papel do Pará como protagonista na agenda ambiental global.

“Antes da COP, Belém tinha 12 mil leitos disponíveis. Agora, já ultrapassamos 50 mil. Isso fortalece a hospitalidade e abre novas oportunidades para o turismo no Estado”, completou.

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