Belém figura entre capitais com mais ricos do país, mas ainda tem 41% da população nas classes D e E

Belém aparece na quarta posição entre as capitais brasileiras com maior proporção de moradores na classe A, com 8,1% da população ganhando mais de R$ 25 mil por mês. O dado chama atenção, mas contrasta com outro indicador alarmante: 41,9% da população da capital paraense está inserida nas classes D e E, com rendas significativamente mais baixas. Os dados são do estudo “Classes de Renda no Rio”, feito com base em informações do IBGE e divulgado pelo jornal Valor Econômico.

O estudo classifica os brasileiros em cinco grupos:

• Classe A: renda domiciliar mensal acima de R$ 25 mil
• Classe B: entre R$ 8 mil e R$ 25 mil
• Classe C: entre R$ 3,5 mil e R$ 8 mil
• Classes D e E: renda abaixo de R$ 3,5 mil

CAPITAIS A MAIOR RENDA NA CLASSE A:

A pesquisa revela o paradoxo da capital paraense: enquanto uma parcela pequena da população acumula alta renda e consome em padrões próximos às maiores economias do país, uma massa expressiva vive com pouco, reforçando a desigualdade social em um dos principais centros urbanos da Amazônia.

No comparativo nacional, Belém supera capitais como São Paulo e Belo Horizonte na proporção de moradores da classe A, ficando atrás apenas de Vitória (ES), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ). Por outro lado, ocupa a 14ª posição entre as capitais com maior número de pessoas nas classes D e E, superando cidades como Salvador, Recife e Maceió.

Em relação à classe B (renda entre R$ 8 mil e R$ 25 mil), Belém está na 14ª posição, com 20,4% da população. Já na classe C (renda entre R$ 3,5 mil e R$ 8 mil), a cidade aparece na 18ª colocação, com 29,7%. Esse recorte mostra que a chamada “classe média” tem menor expressão proporcional na capital paraense, em comparação com cidades como Curitiba, Goiânia e Palmas, que lideram esse segmento.

CAPITAIS COM A MAIOR RENDA NA CLASSE B:

CAPITAIS COM A MAIOR RENDA NA CLASSE C:

CAPITAIS COM A MAIOR RENDA NA CLASSE D/E: