A cidade de Belém enfrenta uma crise alarmante em seu sistema de gerenciamento de resíduos sólidos, com lixões a céu aberto proliferando e o encerramento iminente do aterro sanitário de Marituba. O problema se agrava com o descarte irregular de resíduos e até mesmo a presença de um caixão entre os detritos, ilustrando os desafios enfrentados pelo poder público municipal.
A imagem de um caixão abandonado entre os resíduos no bairro do Curió-Utinga, em Belém, viralizou nas redes sociais nesta quinta-feira, 24. Em um vídeo que acompanha a imagem, um morador local se aproxima do caixão para verificar a situação. “Não, não tem ninguém aqui dentro. Alguém, não sei porquê, jogou um caixão aqui. Não sei se foi alguém que desistiu de morrer”, comenta o morador.
A presença de um caixão nessa situação chama atenção para a precariedade do manejo de resíduos sólidos na cidade. Moradores e observadores criticam o descarte irregular de lixo e pedem por medidas de fiscalização mais rigorosas por parte das autoridades. A situação demonstra um problema mais amplo de coleta e descarte inadequado de resíduos em diversos pontos da cidade.
Além disso, Belém enfrenta a iminente crise da falta de um destino adequado para o lixo coletado. O aterro sanitário de Marituba, que atualmente recebe os resíduos coletados em Belém e região metropolitana, está programado para encerrar suas atividades até o final deste mês. Até o momento, não foi definido para onde os resíduos serão levados a partir de setembro.
Nesse contexto, a Prefeitura de Belém lançou um edital de licitação buscando uma empresa para administrar os serviços de limpeza urbana pelos próximos 30 anos. No entanto, o processo foi suspenso pela desembargadora Rosileide Maria da Costa Cunha, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), em sua segunda suspensão – a primeira ocorreu em julho. A prefeitura afirma que adotará medidas judiciais para esclarecer a situação.
