A Polícia Civil desfez nesta semana um grupo de extermínio que atuava em Bragança, região nordeste do Pará. Dos seus 17 integrantes, seis eram da ativa da Polícia Militar do Pará (PMPA). A especialidade do grupo era a execução por encomenda.
Foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão na casa de homens que participaram direta ou indiretamente em crimes de homicídios, cometidos no Pará. No total, 17 pessoas foram presas, uma das quais em Belém. Entre os alvos, seis policiais militares, que atuavam ativamente na cidade, mas tinham envolvimento com irregularidades. A corregedoria da PM deu apoio à força-tarefa.
Ao todo, 36 mandados judiciais foram efetivados, 20 de busca e apreensão e 16 mandados de prisão preventiva. Três pessoas também foram presas com armas de fogo sem o respectivo porte legal ou por estarem em posse de entorpecentes. A primeira prisão foi feita ainda nos primeiros minutos da manhã, no bairro Perpétuo Socorro, periferia de Bragança.
O trabalho de investigação durou dois anos. Mais de 100 policiais civis participaram da força-tarefa, que foi coordenada pela Divisão de Homicídios, que tem sede em Belém. Grande parte dos policiais saíram da capital e percorreram mais de 200 quilômetros até o município de Bragança.
O tamanho da quadrilha surpreende e espanta tanto quanto a participação de policiais militares em plena atividade. A corporação deveria tratá-los com a maior severidade possível.
No entanto, ao trazer os criminosos para Belém, a força-tarefa da operação permitiu que eles ficassem esparsos nos grupos de presos transportados. Deveriam estar num único lote durante a apresentação à imprensa, na quarta-feira, 24.
Santarém – Também na quarta-feira, 24, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, em Santarém, região oeste do estado, um carregamento com 11 mil munições de armas de fogo de diversos calibres e sete mil unidades de espoletas, que iriam ser vendidas no mercado negro. Dá uma ideia do paiol a que os bandidos e atiradores ilegais teriam acesso.
Parece que o crime está migrando cada vez mais para o interior.
Fontes: blog Lúcio Flávio Pinto e Agência Pará