Balneário Camboriú, em Santa Catarina, conhecida por seus arranha-céus imponentes e status de destino turístico, enfrenta uma dura realidade. Por trás da fachada de luxo e badalação, a cidade carrega problemas ambientais graves, intervenções urbanas controversas e um clima político polarizado que a destacaram como a pior praia do Brasil em análise feita pelo DCM.
Água imprópria para banho
Um dos principais fatores que pesaram contra a cidade foi a balneabilidade de suas águas. Relatórios do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) apontam que cinco praias da região são impróprias para banho devido a níveis alarmantes de coliformes fecais. O despejo inadequado de esgoto em uma cidade superpopulosa agrava a situação, expondo banhistas a riscos à saúde.
Impacto ambiental do aterramento
O projeto de aterramento da Praia Central, que ampliou a faixa de areia, é alvo de críticas de ambientalistas. A intervenção artificial alterou a dinâmica do ecossistema marinho, tornando a água mais turva e comprometendo a circulação natural das águas. O resultado é uma praia que, apesar de maior, perdeu seu charme natural.
Clima político excludente
Balneário Camboriú também é marcada por um ambiente político polarizado, sendo considerada um reduto bolsonarista. Manifestações em apoio a pautas antidemocráticas e bandeiras do ex-presidente Jair Bolsonaro em varandas de apartamentos de luxo criam uma atmosfera que pode afastar turistas em busca de diversidade e acolhimento.
Contradições entre luxo e descaso
Enquanto a cidade investe em marketing para projetar uma imagem cosmopolita e moderna, falha em garantir o básico que um destino praiano deveria oferecer: águas limpas e acessíveis. O paradoxo entre a ostentação dos arranha-céus e o descuido ambiental exemplifica como o crescimento urbano descontrolado pode comprometer a sustentabilidade.