Apple é a primeira empresa americana a ultrapassar US$ 2 trilhões em valor de mercado

SÃO PAULO – A Apple atingiu nesta quarta-feira (19) a marca de US$ 2 trilhões em valor de mercado, se tornando a primeira empresa americana de capital aberto a alcançar o marco.
No final da manhã, as ações da gigante de tecnologia subiram para US$ 467,77 por ação, limite necessário para atingir a marca de US$ 2 trilhões, segundo informações da CNBC.
O recorde da companhia fundada por Steve Jobs vem acompanhado do bom desempenho dos principais índices de ações dos Estados Unidos, que se recuperaram das grandes quedas do início da pandemia, impulsionado pelos ganhos das big techs no período, dos estímulos do Fed e das expectativas de uma vacina contra o coronavírus.
A Apple atingiu o valor de mercado de US$ 1 trilhão em agosto de 2018. A gigante de tecnologia agora está ao lado da petrolífera saudita Saudi Aramco como as únicas empresas de capital aberto a alcançar um valor de mercado de US$ 2 trilhões.
Em dezembro do ano passado, após levantar US$ 25,6 bilhões na maior oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) já feita no mundo, as ações da Saudi Aramco registraram valorização de 8,2% em seu segundo dia de negociações na Bolsa de Valores de Tadawul, na Arábia Saudita, fazendo com que a estatal de petróleo atingisse a avaliação de US$ 2 trilhões.
Apesar da marca histórica, os papéis da companhia saudita caíram com a crise, e atualmente a empresa está avaliada em US$ 1,8 trilhão.
Já a Apple cresceu mesmo com a pandemia, tendo suas ações acumulando alta de mais 50% no ano. O valor de mercado da empresa, o maior de uma companhia no mundo, supera o PIB de países como Espanha e Brasil e colocaria a Apple no grupo das dez maiores economias do planeta.
No último trimestre, a companhia reportou ganhos históricos para o período com um lucro líquido de US$ 11,25 bilhões e uma receita de US$ 59,7 bilhões – aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2019.
A companhia segue expandindo sua divisão de serviços e produtos wearables, que deve atingir em breve a marca de US$ 50 bilhões em receita de vendas. A divisão, que inclui produtos como Apple TV Plus, Apple Music e Apple Care, reportou uma receita de US$ 13,1 bilhões frente aos US$ 11,5 do trimestre de 2019.
A Apple também prepara uma série de pacotes que permitirão aos clientes assinar vários dos serviços digitais da empresa por um preço mensal. Chamado de Apple One, os serviços devem ser lançados em outubro juntamente com a primeira linha de iPhones 5G.
O crescimento das vendas dos últimos modelos do iPhone, seu produto mais popular, também contribui para o marco da companhia. Somente no segundo trimestre do ano, as vendas de iPhone na China cresceram 225% em comparação com o primeiro trimestre do ano (entre janeiro e março), segundo dados da consultoria de mercado em tecnologia Counterpoint Research.
Uma pesquisa recente da mesma consultoria apontou que o iPhone 11 foi o smartphone mais vendido nos Estados Unidos, Reino Unido, China, Alemanha e Japão no mês de abril. Nos EUA, a companhia ocupa 3 dos 5 lugares no ranking, com o iPhone XR e o iPhone 11 Pro Max entre os modelos mais vendidos.
As marcas mais valiosas
A Apple aparece no topo da lista das marcas mais valiosas da Forbes em 2020. Segundo a revista americana, a companhia vale US$ 241,2 bilhões — um crescimento de 17% em relação ao ano passado, quando a empresa também liderou a lista.
Google, Microsoft, Amazon e Facebook fecham as primeiras posições do ranking ao lado da Apple. As big techs se beneficiaram das mudanças de hábito da sociedade durante o período de distanciamento social, quando boa parte do mundo ficou em casa trabalhando ou consumindo pela internet.
Na lista deste ano, as 100 marcas mais valiosas valeram no total US$ 2,54 trilhões, ante US$ 2,33 trilhões no ano passado. As empresas americanas representam mais da metade da lista e o setor de tecnologia foi o mais comum nas classificações.
Confira as 10 marcas mais valiosas do mundo em 2020, segundo a Forbes:
- Apple (US$ 241,2 bilhões)
- Google (US$ 207,5 bilhões)
- Microsoft (US$ 162,9 bilhões)
- Amazon (US$ 135,4 bilhões)
- Facebook (US$ 70,3 bilhões)
- Coca-Cola (US$ 64,4 bilhões)
- Disney (US$ 61,3 bilhões)
- Samsung (US$ 50, 4 bilhões)
- Louis Vuitton (US$ 47,2 bilhões)
- McDonald’s (US$ 46,1 bilhões)
Fonte Infomoney



