No último domingo, 19, a prefeitura de Belém fez uma grande confraternização com os servidores da limpeza urbana. O evento foi realizado na Aldeia Cabana e contou com a presença do prefeito Edmilson Rodrigues e de outras autoridades municipais. O registro do evento está no site da Agência Belém.
Na matéria, o prefeito em seu discurso ressaltou a importância desses trabalhadores para a cidade de Belém, o evento contou com show e a matéria foi ilustrada com fotos de Edmilson todo sorridente ao lado dos garis.
Um dia depois, no entanto, a realidade veio à tona. Longe do mundinho de flores de que o prefeito estaria valorizando esses profissionais, agentes de limpeza lotados em Outeiro fizeram protesto na frente da Agência Distrital de Outeiro (Arout) na manhã desta segunda-feira, 20, no entanto, segundo o portal Outeiro News, foram coagidos pelos seus superiores.
Além das cobranças dos salários e benefícios que estão sendo pago com atraso, os trabalhadores cobravam melhores condições de trabalho incluindo a falta de equipamento de proteção individual (EPI).
Nesta terça-feira, 21, veio a notícia. Os trabalhadores que haviam protestado na frente da Arout foram demitidos.
De acordo com o Outeiro News, um dos encarregados da Belém Ambiental, empresa detentora do contrato com a Prefeitura de Belém por meio da Secretaria Municipal de Saneamento (SESAN), compareceu no local onde os trabalhadores faziam as reivindicações com tons de ameaças e intimidações pedindo para que todos voltassem a trabalhar caso contrário seriam demitidos. Como trabalhadores recusaram a voltar ao trabalho sem um posicionamento sobre os salários em atraso, o encarregado notificou para que todos comparecessem hoje no escritório da empresa em Icoaraci.
Chegando ao local hoje pela manhã, os 12 trabalhadores foram informados da demissão coletiva, e ainda segundo um desses funcionários demitido, a empresa quer obrigá-los a assinar a justa causa, abrindo mão de todos os direitos trabalhistas. Conforme apurado na justiça , a Belém Ambiental já tem varias ações trabalhistas envolvendo demissões cujo querem obrigar o trabalhador a assinar a justa causa abrindo mão dos seus direitos trabalhistas.
Até o momento, a prefeitura de Belém não se posicionou sobre o assunto.
