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Alta do dólar impacta preços de picanha e combustíveis no Pará

Com dólar acima de R$ 6, consumidores do Pará comprarão carnes e combustíveis mais caros

Com o dólar cotado a R$ 6,19 na tarde desta quarta-feira (18), consumidores do Pará já sentem os primeiros impactos da valorização da moeda americana. Especialistas alertam que a alta deve refletir no aumento dos preços de combustíveis, carnes, eletrônicos e outros produtos importados, elevando os custos do dia a dia.

O economista Valfredo de Farias explica que o aumento do dólar encarece os produtos importados e gera um efeito cascata no mercado interno. “Quando o produto chega mais caro, as empresas têm maiores custos de produção, o que é repassado para o consumidor final. Esse impacto será mais evidente nos próximos meses, especialmente em setores como o de combustíveis e alimentos”, afirmou.

Carne sobe 40% em um mês

No mercado de carnes, os consumidores já sentem o aumento. Adejair Santos, diretor do Sindicato dos Açougueiros de Belém, relata que os preços subiram cerca de 40% em pouco mais de um mês. Ele atribui o reajuste às exportações incentivadas pelo dólar valorizado. “Aqui no Pará não falta boi, mas as exportações deixam menos carne no mercado interno, o que eleva o preço”, explicou.

Fernando Gomes, de 79 anos, consumidor e vendedor do setor, compartilha a preocupação: “A carne está cada vez mais cara, e as pessoas estão migrando para outras proteínas. O problema é que o salário não acompanha esses reajustes”, comentou.

Combustíveis e custos adicionais

A alta do dólar também afeta o setor de combustíveis, já que o petróleo e derivados são cotados em moeda americana. Isso pode elevar o custo do frete e, consequentemente, os preços de produtos transportados, como alimentos e bens de consumo.

“Os combustíveis impactam diretamente na logística. Quando o preço sobe, tudo que depende de transporte acaba ficando mais caro”, destacou o economista Valfredo de Farias.

Recomendações para os consumidores

Diante desse cenário, especialistas recomendam cautela. A orientação é evitar compras de longo prazo e priorizar o consumo de itens essenciais, além de buscar alternativas mais econômicas para equilibrar o orçamento.

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