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Abate bovino cresce 22% no Pará em um ano, aponta IBGE

Aumento impulsionado por crise no setor preocupa especialistas com impacto na reposição de fêmeas e possíveis altas nos preços da carne

O Pará registrou um aumento de 22,3% no abate de bovinos no segundo trimestre deste ano, com 835.659 cabeças abatidas, comparado a 682.991 no mesmo período de 2023. Os dados são da Pesquisa de Produção Pecuária, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O crescimento também foi registrado em relação ao primeiro trimestre de 2024, com um aumento de 1,49%. No entanto, o abate de frangos manteve-se estável, com crescimento de apenas 0,02%, totalizando 13.117.988 cabeças abatidas no período.

O Pará ocupa a 7ª posição no ranking nacional de abate bovino, liderado pelo Mato Grosso, seguido por Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rondônia.

Guilherme Minssen, diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), destaca que o aumento no abate de novilhas é um fator preocupante, pois pode impactar negativamente o número de bezerros no próximo ano, elevando o preço da carne bovina.

“O aumento no abate, especialmente de novilhas prenhas, reflete a crise enfrentada pelo setor. Isso pode comprometer a reposição de fêmeas no rebanho, impactando a produção futura”, afirmou o zootecnista.

No contexto nacional, o abate de bovinos cresceu 17,5% em relação ao segundo trimestre de 2023, atingindo 9,96 milhões de cabeças.

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