Abandonado pela prefeitura, Mercado de São Brás vive incerteza sobre revitalização
A novela sobre a revitalização do Mercado de São Brás, em Belém, continua acessa e deixando no ar incertezas sobre a revitalização deste patrimônio histórico.
No final do ano passado, a prefeitura de Belém, ainda sob a gestão de Zenaldo, realizou a concessão do espaço com a Roma Incorporadora saindo vencedora da licitação. A partir dessa Parceria-Público-Privada (PPP), o local seria transformado em um mercado gastronômico, mas mantendo os atuais permissionários. O novo modelo de administração permitiria a geração de 3 mil empregos, entre diretos e indiretos, e incrementaria o turismo gastronômico, sendo Belém eleita pela UNESCO como cidade criativa da gastronomia.
No entanto, por questões ideológicas, a atual gestão da prefeitura de Belém, de Edmilson Rodrigues, totalmente avessa a investimentos privados, vem entrando em uma briga com a Roma por conta do espaço.
De acordo com a coluna Olavo Dutra, existe um impasse jurídico quanto a remoção de permissionários formais e informais, que atuam nas dependências do mercado e no seu entorno, o que prejudicaria qualquer tipo de intervenção. A Roma alega que existe um contrato de ingerência da prefeitura na retirada dos permissionários para o início das obras, inclusive com apoio dos órgãos da área social e da Guarda do município, mas, infelizmente, não há controle sequer sobre o número de permissionários, legais ou ilegais instalados no imóvel.
Já a prefeitura, ciente que quer melar o contrato de concessão, a informa que “tem reunido com os permissionários para buscar alternativas para os diversos problemas enfrentados”, mas entende que “só depois de resolvida a questão jurídica irá apresentar, de forma conjunta com os permissionários, um plano de recuperação que busque dar uma nova funcionalidade ao mercado, integrando modernização e turismo ao prédio histórico, e devolver equipamento público à cidade”.
Com essa briga, por um detalhe poderia ser resolvido facilmente, o mercado permanece abandonado, se deteriorando, e não sendo um local de fomento à economia da cidade.