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A relação entre paraenses e amazonenses

A relação entre Pará e Amazonas, no período Colonial, não foi das mais amistosas. O Amazonas era dependente política e economicamente da Capitania vizinha. A emancipação só veio em 1850 com a criação da Província do Amazonas, instalada em 1852. Tentativas anteriores de libertação eram abafadas pelo Governo paraense.

Apesar disso, entre os séculos XIX e XX a relação da colônia paraense com a sociedade amazonense aparentava ser a mais cordial possível. Nos jornais de época encontramos registros de ambas se felicitando através de eventos e espetáculos, homenageando seus membros. Uma das principais avenidas de Manaus, a Constantino Nery, foi renomeada em 1910 como João Coelho em homenagem ao então Governador do Pará, João Antônio Luís Coelho.

Com a crise da economia gomífera e o aumento da migração de pessoas do interior do Estado, da região Nordeste e dos Estados vizinhos, a partir de 1920, surgem novas rusgas entre amazonenses e paraenses. O preconceito tornou-se cada vez maior com a implantação e desenvolvimento da Zona Franca entre fins da década de 1960 e a década de 1970. Passou-se a atribuir aos migrantes paraenses a degradação da cidade e o aumento da criminalidade e da prostituição. Paraense tornou-se um triste sinônimo de criminoso.

Poucos sabem que o Amazonas deve a muitos paraenses o seu desenvolvimento. Nomes como Romualdo Antônio de Seixas, João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, Frederico José de Sant’ Anna Nery e tantos outros foram marcantes na vida política e cultural do Estado, seja lutando por sua independência, seja divulgando seus potenciais no Brasil e no exterior. De acordo com o IBGE vivem no Amazonas mais de 200 mil paraenses.

Por História Inteligente

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