Um vaqueiro contratado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) morreu nesta segunda-feira (15) após ser atingido por um disparo de arma de fogo durante uma operação federal na Terra Indígena Apyterewa, localizada no município de São Félix do Xingu, no sudeste do Pará.
A ação integra o processo de desintrusão determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que prevê a retirada de ocupantes não indígenas e de rebanhos mantidos de forma irregular dentro do território indígena.
Segundo informações repassadas por equipes que acompanham a operação, o trabalhador atuava na retirada de animais quando se afastou do grupo para recolher gado solto em uma área conhecida como Linha 10, na estrada do Capacete. Nesse momento, ele foi atingido por um tiro no pescoço durante uma emboscada.
O vaqueiro recebeu atendimento no local e foi transportado de helicóptero até o hospital municipal de São Félix do Xingu, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo foi removido por via aérea para a base da operação. De acordo com fontes ligadas à ação, não havia indígenas na área no momento do ataque.
A operação tem como foco a retirada de cerca de 1,3 mil cabeças de gado distribuídas em aproximadamente 45 pontos dentro da Terra Indígena Apyterewa, conforme estimativa do Ibama.
Em nota, o Ibama confirmou a morte do trabalhador e informou que a equipe foi alvo de ataque durante o cumprimento de decisão judicial. O órgão declarou que o caso está sob investigação para identificação dos responsáveis e adoção das medidas legais cabíveis.
A operação conta com a atuação conjunta do Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Federal, Polícias Civil e Militar, além da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará).
A Terra Indígena Apyterewa abriga o povo Parakanã e vem sendo alvo de ações de retirada de ocupações irregulares. Desde setembro de 2025, o território recebe uma operação integrada voltada ao cumprimento das decisões judiciais e à proteção da área.
Com informações de Taymã Carneiro – G1/PA
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