Os desdobramentos do caso envolvendo a torcedora do Avaí, Ana Costa Milena Schwetzer, acusada de proferir ataques racistas e xenofóbicos contra torcedores do Remo durante a partida entre Avaí e Remo, no último sábado (15), na Ressacada, chegaram a um novo capítulo nesta semana. Após a forte repercussão do episódio nas redes sociais, a empresa onde ela trabalhava confirmou sua demissão.
A informação foi divulgada por meio de um comunicado oficial. O Grupo Orbenk, empregador da torcedora, afirmou ter concluído o processo interno de apuração referente ao caso. Segundo a empresa, as imagens da partida foram analisadas com rigor, e as condutas atribuídas à colaboradora violam diretamente o Código de Ética e Conduta da companhia, além de afrontarem legislações vigentes sobre discriminação racial.
Em nota, a empresa reforçou que “mantém tolerância zero ao racismo, à xenofobia e a qualquer forma de discriminação”, destacando que comportamentos dessa natureza são incompatíveis com os valores do grupo, que soma mais de 35 mil colaboradores em seus 39 anos de atuação. O texto ainda afirma que decisões como esta exigem responsabilidade e cumprimento dos protocolos de compliance, conduzidos com celeridade e transparência.
A Orbenk também manifestou solidariedade às vítimas das ofensas e reiterou seu compromisso com a promoção de ambientes de trabalho seguros, inclusivos e alinhados ao respeito aos direitos humanos.
Comunicado oficial da empresa (trecho):
“Após análise rigorosa, conduzida conforme nosso Código de Ética e Conduta e a legislação vigente, a Orbenk adotou todas as medidas cabíveis, incluindo o desligamento da colaboradora. Comportamentos discriminatórios, dentro ou fora do ambiente de trabalho, são absolutamente incompatíveis com os valores que norteiam nossos 39 anos de história.”
Pedido de desculpas
Após a repercussão negativa, Ana Costa Milena Schwetzer utilizou suas redes sociais, na terça-feira (18), para se pronunciar sobre o caso. No comunicado, ela afirmou sentir “profundo arrependimento”, reconheceu que usou “palavras fortes e inadequadas” e disse que pretende agir “com mais equilíbrio e respeito” daqui em diante.
A ex-conselheira do Avaí segue sendo alvo de críticas e pode enfrentar desdobramentos adicionais, já que atos de racismo são considerados crime no Brasil, com penas previstas na legislação.
