A JBS enviou ao mercado, nesta segunda-feira (3), o primeiro lote de carne bovina com rastreabilidade individual produzido no Pará. O produto, desenvolvido pela Friboi, corresponde a 12 toneladas e será comercializado nas lojas do Atacadão, rede do Grupo Carrefour Brasil, em Belém. A informação foi divulgada pelo Broadcast Agro, do Grupo Estado.
A ação faz parte do programa Pecuária Sustentável, que reúne o governo do Pará, a JBS, o Grupo Carrefour Brasil, a The Nature Conservancy (TNC) e outros frigoríficos, com a meta de garantir que 100% dos animais no estado sejam identificados com brincos eletrônicos até 2027. A iniciativa busca maior transparência na cadeia produtiva e redução do risco de desmatamento associado ao gado.
Para o presidente da Friboi, Renato Costa, o lançamento representa um avanço no setor. “Ao apoiar produtores na adoção das melhores práticas, reforçamos nosso compromisso com uma produção cada vez mais sustentável e transparente”, afirmou.
O Grupo Carrefour Brasil destacou que já realizava rastreabilidade por lote, e agora amplia o controle para cada animal. Segundo a vice-presidente de Assuntos Corporativos, ESG e Jurídico, Nelcina Tropardi, a identificação individual permitirá verificação mais precisa da conformidade socioambiental, incluindo a origem de fornecedores indiretos, além de aproximar consumidores da procedência do produto.
O CEO do Atacadão, Marco Oliveira, afirmou que a estratégia está alinhada às metas ambientais da companhia. “O Pará está mostrando que é possível produzir com responsabilidade e garantir que práticas sustentáveis sejam acessíveis a todos”, disse.
Os animais foram fornecidos pela AgroCumaru, do Grupo Mafra, para abate e processamento pela Friboi. O CFO da companhia, Carlos Mafra Júnior, destacou que o Pará assume protagonismo no setor. “A rastreabilidade chegou para ficar, e é motivo de orgulho ver o estado saindo na frente”, declarou.
De acordo com as instituições envolvidas, a expectativa é de que, até 2027, a carne rastreada seja distribuída para outros estados — como São Paulo — por meio das plantas frigoríficas instaladas no Pará. Para o diretor de Amazônia da TNC, José Otávio Passos, o programa representa uma mudança estrutural na pecuária. “A comercialização do primeiro lote marca o início de uma nova era para o setor, com foco em redução do desmatamento, valorização de produtores e integridade socioambiental”, afirmou.



