Com a aproximação da COP30, que será realizada em Belém em novembro de 2025, o setor gastronômico da capital paraense vive um momento de crescimento acelerado. Um dos destaques dessa movimentação é o restaurante Amazônia na Cuia, que se prepara para inaugurar sua terceira unidade, agora no Porto Futuro I, um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. A nova casa contará com mais de mil metros quadrados, capacidade para 400 pessoas e a criação de mais de 70 novos empregos diretos.
Fundado pelo empreendedor paraense Rafael Barros de Souza, o restaurante já se consolidou como uma referência na valorização da culinária amazônica. A nova unidade será inaugurada em setembro com uma proposta ousada: transformar o espaço em um verdadeiro ponto turístico gastronômico, com ambiente temático, menu degustação em cuias e equipe treinada para apresentar a cultura paraense de forma completa aos visitantes do Brasil e do mundo.
Gastronomia, cultura e emprego
A expansão é vista não apenas como um passo comercial, mas como uma contribuição concreta para o desenvolvimento econômico e social da cidade. Os mais de 70 novos colaboradores passarão por um onboarding completo, com material de estudo de mais de 100 páginas sobre a história, cultura e ingredientes do Pará. A ideia é que cada profissional seja também um embaixador da cultura local.
“Queremos oferecer mais do que uma refeição. Queremos contar histórias, mostrar a força da floresta, das nossas raízes, da nossa culinária”, afirma Rafael. Além do foco cultural, o projeto aposta em treinamentos em hospitalidade, geografia e artesanato paraense, além do ensino de idiomas — 28 funcionários já estudam inglês e o restaurante possui cardápios traduzidos para o inglês, espanhol e, em breve, francês.
A “Cúpula da Amazônia”
Entre os principais atrativos da nova unidade está o conceito da “Cúpula da Amazônia”, uma ambientação inspirada na floresta amazônica e nos nove países que compõem a região. O espaço contará com uma castanheira gigante esculpida por um artista plástico, onze mangueiras naturais, além de mesas temáticas representando os países amazônicos, promovendo uma imersão sensorial que une gastronomia, arte e pertencimento.
Menu degustação em cuias
Um dos maiores sucessos do restaurante é o menu degustação servido em cuias, utensílio ancestral da cultura indígena amazônica. A proposta é oferecer aos visitantes uma experiência completa, com porções de tacacá, maniçoba, moqueca de filhote, caruru, farofa com farinha de Bragança e outras iguarias típicas da região. “É como um tour gastronômico pela Amazônia em uma única refeição”, explica Rafael.
Legado para além da COP30
Para o fundador do restaurante, a COP30 já começou. “Não é um evento de 15 dias, é uma oportunidade de deixar um legado. Se fizermos bem feito, Belém pode se consolidar como destino turístico internacional. Para isso, precisamos de união entre o setor privado, o governo e a sociedade civil”, ressalta.
