Brasileira desaparecida em trilha de vulcão na Indonésia é encontrada morta após quatro dias

A turista brasileira Juliana Marins foi encontrada morta nesta terça-feira (24), após quatro dias de buscas intensas na Indonésia. A publicitária, natural de Niterói (RJ), sofreu um acidente em uma trilha que leva ao monte Rinjani, o segundo vulcão mais alto do país, no último sábado (21).

Segundo familiares, o corpo de Juliana foi localizado por equipes de resgate na região de Cemara Nunggal, entre 2.600 e 3.000 metros de altitude. Desde o dia do acidente, a jovem estava desaparecida, sem contato direto com as equipes, exposta a condições climáticas extremas, sem água ou alimentação.

O terreno instável e o mau tempo dificultaram os trabalhos de salvamento, que chegaram a ser interrompidos por causa da névoa e da instabilidade do solo vulcânico. Helicópteros chegaram a ser acionados, mas não puderam operar com segurança.

Na véspera, na segunda-feira (23), o Parque Nacional Gunung Rinjani havia divulgado que Juliana havia sido localizada por drone, a cerca de 500 metros da trilha original. No dia seguinte, ela foi encontrada ainda mais abaixo, a 650 metros do caminho principal.

O Itamaraty divulgou nota de pesar, lamentando a morte da brasileira. “O governo brasileiro transmite suas condolências aos familiares e amigos da turista brasileira pela imensa perda nesse trágico acidente”, declarou o órgão.

Juliana estava em um mochilão pela Ásia desde fevereiro, tendo visitado países como Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de seguir para a Indonésia. Em suas redes sociais, registrava reflexões e momentos da viagem. Em uma das últimas postagens, escreveu: “Fazer uma viagem longa sozinha significa que o sentir vai sempre ser mais intenso e imprevisível do que a gente tá acostumado. E tá tudo bem. Nunca me senti tão viva”.

As autoridades locais ainda irão determinar oficialmente a causa da morte. Não há confirmação se o corpo será retirado do local nas próximas horas ou nos próximos dias.