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Em clima eleitoral, Prefeitura de Belém e Governo do Pará trocam acusações em ‘Guerra das Placas’

Prefeitura remove placa de obra do governo estadual, que acusa a gestão municipal de manobra política em meio à corrida pela prefeitura

A disputa eleitoral pela Prefeitura de Belém ganhou novos contornos com o que ficou conhecido como a “guerra das placas”. Na última quinta-feira (12), a Prefeitura de Belém removeu uma placa de obra do governo do Pará, alegando que a sinalização é irregular e está sendo utilizada para fins eleitorais em benefício de Igor Normando (MDB), candidato à prefeitura apoiado pelo governador Helder Barbalho (MDB). O atual prefeito, Edmilson Rodrigues (PSOL), que concorre à reeleição, afirmou que a obra não possui as devidas licenças municipais e pode prejudicar o meio ambiente.

A placa removida se referia à ampliação da Rua da Marinha, um projeto conduzido pelo governo estadual. Uma funcionária da Secretaria de Obras Públicas do Estado chegou a registrar um Boletim de Ocorrência, alegando que a ação dos funcionários da prefeitura tinha motivação política. “A situação pode ser entendida como interesses políticos”, afirmou a funcionária.

A Prefeitura de Belém, por sua vez, rebateu as acusações e sustentou que a obra do governo estadual deveria ter sido submetida à Secretaria Municipal de Meio Ambiente para análise de impacto ambiental, pois afetaria parte da floresta nativa do parque ambiental Gunnar Vingren. Além disso, a gestão municipal acusou o governo de utilizar placas de obras para promover a candidatura de Normando.

Segundo a prefeitura, essa não é a primeira vez que ocorrem interferências em obras municipais. “Na semana passada, nos deparamos com placas estaduais em uma obra nossa, o Parque Urbano São Joaquim, realizado em parceria com o governo federal. Também as removemos, pois a obra é de responsabilidade da prefeitura”, informou em nota.

A Secretaria de Obras do Estado do Pará negou qualquer irregularidade. Em resposta, afirmou que a obra de prolongamento e duplicação da Rua da Marinha está sendo realizada em terreno cedido pela Marinha ao estado, o que exige licenças ambientais estaduais, já concedidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). Além disso, a pasta destacou que os serviços não afetam o parque Gunnar Vingren.

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