Na última quinta-feira, pescadores da cidade de São Caetano de Odivelas, no Pará, fizeram uma descoberta surpreendente: um submarino foi encontrado em águas próximas à região. A embarcação será periciada em Belém, conforme informado pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). A descoberta levanta suspeitas e desperta a atenção das autoridades, especialmente devido à sua proximidade com Vigia, onde, em 2015, o primeiro narcossubmarino do Brasil foi localizado.
Embora ainda não haja indícios concretos de relação entre o submarino encontrado pelos pescadores e o tráfico de drogas, o histórico do uso desse tipo de embarcação como rota para organizações criminosas no Brasil é conhecido. Desde 2010, foram desmantelados cinco planos de envio de cocaína em submersíveis por essas organizações.
Vestígios brasileiros também foram identificados em embarcações recentemente apreendidas na Espanha. Em março de 2023, um narcossubmarino encontrado semissubmerso em Arousa teria partido do Brasil carregado de drogas, com três tripulantes a bordo. Além disso, em 2019, outro narcossubmarino de origem brasileira foi encontrado no mar da Galícia, transportando três toneladas de cocaína e levando à prisão de três pessoas.
O Brasil é considerado uma rota importante para o tráfico internacional de drogas, e a sofisticação dos narcossubmarinos tem aumentado ao longo dos anos. Construídos principalmente no Suriname ou na Guiana, esses submersíveis são usados para transportar grandes quantidades de cocaína das costas brasileira e colombiana para a Europa e o norte da África.
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A descoberta do submarino no Pará levou as autoridades locais a iniciar uma investigação para determinar seu propósito e sua possível conexão com atividades ilícitas.
