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Navio abandonado na orla de Belém vira restaurante

“Vês o pesa da tua falta, nas velas e barcos parados, encalhados na saudade, de Val-de-Cans ao Guamá Iê, iê, iê, ah!” diz os versos da música “Olho de Boto”, famosa composição de Nilson Chaves. Nela, o eu lírico expressa o encantamento pela mulher (a cidade) ao chegar pelo rio, usando locais famosos da orla ribeirinha de Belém para pontear a intensidade desse amor.

Outrora usados como ponto de encontro entre a cidade e as comunidades do interior da floresta amazônica, agora “encalhados na saudade”, os navios abandonados fazem parte do cenário da orla de Belém.

Como cidade que tem a gastronomia como um dos principais elementos para prospectar turistas, os empreendedores de Belém vão encontrando caminhos criativos de unir a culinária paraense com elementos que compõem o cenário natural da metrópole.

E ressignificar o uso de navios abandonados que há muito tempo serviram ao desenvolvimento e transporte na Amazônia, é também uma forma de preservar a nossa história, tão atrelada aos rios e suas formas de interações.

Um exemplo recente é o restaurante “Porto Ver-o-Rio”, inaugurado no dia 7 de agosto em um desses navios, bem ali, próximo ao Complexo Ver-o-Rio, no bairro do Umarizal.

Ter um restaurante dentro de um navio não é exatamente uma novidade, mas ter um navio que virou restaurante sim, é uma novidade. O melhor da gastronomia regional, com uma bela vista para a Baía do Guajará, um alento para uma cidade que cresceu de costas para o rio e que tenta, tardiamente, mudar esse cenário, mesmo que com ações pontuais, mas ainda sim louváveis.

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