Presidente da China pede que país se prepare para combates militares
O presidente da China, Xi Jinping, disse nesta terça-feira (26) que o país tem de intensificar sua preparação para combates armados e melhorar sua capacidade de cumprir tarefas militares, pois a pandemia de coronavírus está tendo um profundo impacto na segurança nacional chinesa, informou a televisão estatal.
O desempenho da China no combate ao coronavírus mostrou o sucesso da reforma militar, disse Xi, segundo a emissora estatal, acrescentando que as Forças Armadas devem explorar novas formas de treinamento em meio à pandemia.
Xi, que preside a Comissão Militar Central da China, fez os comentários quando participava de sessão plenária da delegação do Exército de Libertação Popular e da Polícia Armada do Povo em meio à sessão anual do Parlamento chinês.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, declarou ao Congresso do país nesta quarta-feira (27) que Hong Kong não tem mais um “alto grau” de autonomia em relação ao governo central da China, devido às novas medidas de regulamentação. A medida pode ter imensas repercussões econômicas e políticas para a região.
Desde 1997, quando foi devolvida pelo Reino Unido à China, Hong Kong mantinha uma relação de “um país, dois sistemas” com Pequim, o que permitia que na região autônoma houvesse mais liberdades civis e políticas, além de possibilitar que a ilha se tornasse um centro financeiro internacional.
Com essa autonomia, Hong Kong possuía um status comercial diferenciado com os EUA, o que permitia uma circulação comercial e financeira que não existe em relação ao restante da China. Com os últimos acontecimentos, isso está sob ameaça.
“Após estudar os acontecimentos do último ano, eu relatei ao Congresso que Hong Kong não pode mais receber o mesmo tratamento das leis norte-americanos. Ninguém razoável pode dizer que, hoje, Hong Kong mantém um alto grau de autonomia em relação à China, devido aos últimos acontecimentos”, disse Pompeo em um comunicado.
A decisão do Departamento de Estado norte-americano acontece em um momento delicado, depois que o governo chinês promulgou uma nova lei de segurança nacional para Hong Kong. Segundo o secretário, trata-se de uma “decisão desastrosa” e que seria o “golpe de morte” para a autonomia da região.
Em apoio aos protestos contra o governo central chinês em Hong Kong no ano passado, o governo Trump criou uma lei que rege a relação dos EUA com a região autônoma chinesa, que requer que a autonomia seja revisada anualmente, para que o status comercial seja mantido. Pompeo disse que lamenta ter chegado a essa conclusão.
“Nossa esperança era de que uma Hong Kong livre e próspera fosse um modelo de autonomia para a China, mas agora está claro que é o contrário que está acontecendo”, afirmou o secretário.
Fonte Reuters