CORONA VÍRUSINTERNACIONAL

Multidão participa de manifestação contra máscaras em Madri

Uma multidão se reuniu em Madri no domingo 16 para protestar contra o uso obrigatório de máscaras e outras medidas impostas pelo governo espanhol para controlar a pandemia de coronavírus. Os quase 3.000 manifestantes se agruparam na Plaza de Colón, uma das mais importantes praças da capital, aos gritos de “Queremos ver o vírus” e “Nós não temos medo”. Apesar da motivação do ato, muitos dos participantes estavam de máscara.

O protesto foi organizado pelas redes sociais e contou com o apoio de algumas figuras públicas, como o cantor Miguel Bosé. Os participantes do ato assinaram uma manifesto intitulado “Contra a falsa pandemia” em que colocam em dúvida a eficácia das medidas adotadas pelo governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez.

Os manifestantes também questionam a confiabilidade dos testes de PCR para detectar o vírus e negam as evidências científicas de que pessoas assintomáticas possam transmitir a Covid-19. O ativista antivacinação Josep Pàmies e o poeta Ouka Leele estiveram presente no evento e incentivaram os demais a convencer outras pessoas de seus bairros e cidades de que o coronavírus não é uma preocupação.

“As pessoas saudáveis não deveriam usar máscaras”, disse uma das participantes do ato. O escritor e político Esteban Cabal, do partido Los Verdes, ainda afirmou que as autoridades estão criando uma “falsa pandemia” e minimizou o número de mortes em decorrência da Covid-19, ao afirmar que há mais óbitos por outras enfermidades.

“Não existe evidência científica para declarar a pandemia e para afirmar que esse vírus é patógeno. Além disso, estão diagnosticando como doentes pessoas que não são, porque se baseiam em testes que não são específicos”, disse o ativista, sem apresentar evidências sobre os fatos que citou.

Embora parte participantes do protesto não tenha usado máscaras, muitas pessoas mantiveram os rostos protegidos, enquanto questionavam a obrigação em cartazes e faixas. A polícia monitorou a manifestação e multou algumas das pessoas que estavam sem a proteção.

O uso obrigatório das máscaras no transporte público foi introduzido pelo governo em maio. Mais recentemente, a regra foi expandida em todo o país para qualquer lugar público, inclusive na rua.

A Espanha registrou 337.334 casos desde o início da epidemia. Após um violento primeiro surto, as curvas de contágio no país caíram, mas voltaram a subir em julho. A região com mais infecções diárias é o País Basco, seguido de Aragão e Catalunha, onde são realizados testes de diagnósticos em massa, e Galiza.

Fonte VEJA /EFE

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