O Pará registrou quase 6 mil casos de malária nos quatro primeiros meses de 2023, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa). Os municípios de Jacareacanga e Itaituba se destacam pelos altos números de casos da doença, que está diretamente ligada à prática de garimpo ilegal.
Diante dessa realidade, o Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (25) a Campanha Nacional de Combate à Malária, em Belém, no Pará. O evento marca o Dia Mundial de Luta Contra a Malária e os 20 anos de atuação do Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária.
A secretária federal de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, destacou as principais ações da pasta para tratamento dos pacientes e redução de casos, incluindo a criação do Comitê Interministerial para concentrar ações na eliminação de doenças de determinação social, como a malária, e a formação do Grupo de Trabalho na Região da Amazônia Legal como um plano estratégico para a região.
A região Norte do país apresenta um alto risco para a transmissão da malária, que já teve a transmissão restrita a essa região. No entanto, o aumento de casos em áreas indígenas e de garimpo desde 2020 tem sido uma preocupação. Diante disso, uma das estratégias apontada pelo Ministério da Saúde é capacitar lideranças comunitárias para identificar a doença.
A malária é uma doença infecciosa transmitida pela picada de mosquitos infectados pelo parasita Plasmodium. Os sintomas incluem febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dor muscular. Em casos graves, pode levar à morte. A prevenção inclui medidas para evitar a picada do mosquito, como o uso de repelentes, roupas protetoras e mosquiteiros. O tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível e é realizado com medicamentos antimaláricos.