Você sabia que o menor cavalo do Brasil é do Pará? O Puruca, um pônei selecionado na Ilha de Marajó, é resultado do cruzamento entre os cavalos Marajoara e pôneis Shetland. Além de serem conhecidos por sua altura, esses animais são caracterizados por um temperamento dócil e enérgico, o que os torna muito populares na lida de fazendas. Eles possuem grande resistência, velocidade em galopes curtos e adaptação a locais pantanosos e ao clima quente e úmido.
Apesar de parecer ter uma estatura normal à primeira vista, basta se aproximar para perceber que o Puruca é bem mais baixo do que os demais, recebendo assim o apelido de “cavalo mirim”. No entanto, esse pequeno animal não deve ser subestimado, pois é capaz de dar conta do recado. Pequeno, mas valente, o Puruca é respeitado principalmente pela sua energia e disposição.
Infelizmente, a criação do Puruca pode estar ameaçada. A Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, tem um laboratório na Ilha de Marajó que acompanha a história da raça e os resultados das pesquisas não são os melhores. “Temos observado o problema de cruzamento desordenado e os animais estão perdendo a característica da resistência”, explica Relionan Leal, técnico da Embrapa. A preocupação é tanta que os pesquisadores resolveram coletar amostras de DNA da espécie para fazer estudos no centro de pesquisas em Belém, visando a conservação genética da raça.
Segundo os criadores de cavalo Puruca, restam apenas mil exemplares da raça na Ilha de Marajó. É importante ressaltar a importância da preservação desses animais, que fazem parte da cultura e história do país. Afinal, o Puruca não é apenas o menor cavalo do Brasil, mas uma representação da riqueza da biodiversidade brasileira.