Três peixes-bois se embaralhando próximo a areia da praia do Bispo, em Mosqueiro, distrito de Belém, chamou a atenção de banhistas.
A bola de rabos e cabeças se retorcendo na água fez muitos banhistas acreditarem que poderia ser um grupo de botos, mas ao se aproximarem, notaram que eram peixes-bois.
Sem a presença de um especialista, não dá para afirmar trata-se de peixe-bois marinhos ou amazônicos. Alguns veranistas, é possível ouvir no vídeo, acreditam que são peixes-bois marinhos e estariam desnorteados porque nesta época do ano, devido a estiagem na bacia amazônica, a água do mar invade foz, deixando o ambiente com água mais salgada.
A foz do rio Amazonas e suas adjacências apresentam a singularidade da presença de duas espécies de peixe-boi: o amazônico (Trichechus inunguis) e o marinho (Trichechus manatus). Isto faz desta região amazônica uma das mais importantes para a conservação dessas espécies no Brasil.
Acasalamento
Segundo a literatura sobre vida dos peixe-bois, esses mamíferos acasalam em rebanhos que consistem de uma fêmea e vários machos, de alguns até mais de 12, tentando cruzar com ela. Os rebanhos de acasalamento são mais observados durante os meses quentes, mas podem acontecer o ano todo. Isso pode durar entre algumas horas até uma semana inteira. Os peixes-boi são frequentemente observados jogando água para cima ou subindo em cima uns dos outros na água.
O evento é raro, acontece apenas a cada três a cinco anos. As fêmeas de peixe-boi têm muita dificuldade em escolher um parceiro. Para cada uma delas, há ao redor de dez machos tentando acasalar. Para conseguir isso, eles empurram a fêmea para águas rasas.
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