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Vendedores de açaí podem entrar em greve pela alta do preço do fruto

Vendedores de açaí de Belém discutem na manhã desta quinta-feira, 29, uma possível paralisação dos serviços. Uma reunião foi marcada para o dia 4 de novembro (quarta-feira) e deve definir um ato contra a tendência de aumento do preço do fruto que, segundo os comerciantes, pode chegar a 100%. 

“Por isso os batedores de açaí de Belém estão se unindo para uma possível paralisação em protesto pelo preço absurdo que os atravessadores estão cobrando”, explica Mayara Rodrigues, uma vendedora do ramo que possui um ponto na Marambaia.

Alta no preço – De acordo com ela, desde o mês de setembro “já estamos tendo alta no preço do açaí e estamos mantendo o valor para o cliente, pois estamos na safra”. “O açaí está no auge em cor, produção, mas em preço não”, completa.

A comerciante diz que o problema se dá porque “as fábricas estão arrematando quase todo açaí e pagando caro por isso, então os atravessadores e marreteiros que vendem o fruto para nós, comerciantes pequenos, elevam o preço ou nem fazem questão de deixar o fruto na cidade”, constatou.

“Por exemplo, um paneiro daquele pequeno nessa época deveria estar custando R$ 30, R$ 35. Hoje está no mínimo R$ 65. Esse valor que eles estão cobrando no fruto já é um valor de entressafra. Preço de inverno”, lamenta. Ela ainda diz que, segundo alguns batedores, o preço de paneiros pequenos em portos como o da Palha e da Conceição chegou a R$ 220 nesta quinta-feira, 29. “Isso seria equivalente a dois ou três paneiros pequenos”, argumenta.

Protesto – Como forma de protestar contra as altas, alguns vendedores, como Mayara, já não está vendendo o produto. “Infelizmente, não abriremos hoje devido a oscilação do preço na feira do açaí. A tendência é aumentar quase 100%, coisa que não podemos fazer com vocês”, comunicou a responsável pelo ponto comercial a alguns clientes. 

A Redação Integrada de O Liberal tenta contato com os atravessadores e outros batedores. 

Fonte: O Liberal

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