Um dos principais pontos turísticos de Belém, local também importante para conservação ambiental e abastecimento de água da região metropolitana de Belém, o Parque Estadual do Utinga começa a apresentar sinais de abandono 4 anos após ser revitalizado.
O projeto foi um dos últimos feitos pelo arquiteto paraense Paulo Chaves, com espaços projetados e inspirados nas tradições indígenas da Amazônia.
No entanto, alguns desses espaços estão se deteriorando sem manutenção adequada, como a palha da cobertura do pórtico na entrada do Parque, na avenida João Paulo II.
Além disso, os guarda-sóis sobre as mesas da lanchonete estão rasgados e sem a mínima condições de uso, com aspecto “encardido”, como informam visitantes do espaço.
O novo Parque do Utinga foi entregue em 2018, após 3 anos de obras, que implementaram um circuito de quatro quilômetros de pistas, preparado para caminhadas e passeios de bicicletas, patins e skates, além de um estacionamento de 400 lugares para veículos e de um centro de recepção aos visitantes, com auditório para 50 lugares, lanchonete, loja de souvenir, bilheteria e café.
O espaço ocupa uma área de quase 1,4 mil hectares e abriga vários representantes de espécies da fauna e da flora amazônica. A área é uma unidade de conservação estadual e equivale a 1.340 campos de futebol e foi criada para preservar ecossistemas e mananciais, como os lagos Bolonha e Água Preta, que abastecem cerca de 70% da população de Belém.
O parque também é utilizado para o desenvolvimento de pesquisa científica sobre a Amazônia. O espaço tem também grande potencial para o ecoturismo, estima-se que cerca de 140 mil pessoas visitem o espaço verde a cada ano. A área verde do Utinga dispõe de mais de 9 quilômetros de trilhas abertas e recuperadas na mata, o que se transforma numa grande atração para passeios guiados.



