Um erro de cálculo pode ter reflexos fatais. Foi o que aconteceu ontem. O MBL tinha planejado inicialmente um fora Lula e Bolsonaro, vá lá ainda seria coerente, mas em uma extrema imbecilidade resolveram tirar o “fora Lula” achando que assim as esquerdas iam lá dar apoio. Daí você pode tentar imaginar qual foi a maior imbecilidade dessa ideia:
1- Acreditar que o PT, um partido que vive basicamente de fomentar o ódio contra seus inimigos políticos juramentados, iria dar qualquer apoio ao MBL, a quem usam como bode expiatório do impeachment da Dilma.
2- Acreditar que isso não afugentaria todo o antipetismo que foi basicamente o movimento que sustentou o MBL.
Você já tinha visto um movimento político se esforçar tanto para se auto destruir?
Um ponto interessante dessa situação, foi que ao contrário do que a esquerda diz, o movimento das ruas pelo impeachment da Dilma não foi regido pelo MBL, nem por ninguém, foi uma reação absolutamente popular e espontânea. Está aí a prova, o MBL não comanda ninguém.
É claro que para a cabeça de esquerdista isso é impossível, pra eles o povo é como gado, não tem vontade própria, tem que ser sempre tangido por alguém. As esquerdas não conseguem processar a ideia de um movimento sem um líder autoritário dando ordens. E é por isso que hoje em dia também não conseguem compreender o bolsonarismo. Acham que Bolsonaro manda nesse povo que foi no 7 de setembro, acreditam piamente que existe um gabinete secreto que coordena toda essa gente e a internet. Não conseguem processar que Bolsonaro não comanda as ruas e sim é comandado por elas, por isso inclusive é tão errático, pois depende dos humores destes movimentos para se mover também.