Três meses após anúncio que Belém será sede da COP 30, apenas uma obra começou
Belém foi escolhida com entusiasmo como sede da COP 30 em 2025, porém, três meses após o anúncio, os preparativos para o evento de dimensões globais estão enfrentando atrasos. Com pouco mais de dois anos até a realização da conferência, a cidade tem pela frente uma corrida contra o tempo para superar problemas fundamentais e se tornar apta a sediar um evento de tal magnitude.
Com uma série de desafios à frente, Belém tem muito trabalho a fazer para se preparar para a COP 30. Entre os principais problemas que precisam ser resolvidos estão questões relacionadas à mobilidade urbana, hotelaria, saneamento básico e revitalização de locais turísticos. Com um cronograma apertado, a cidade enfrenta a pressão de encontrar soluções eficazes em um prazo relativamente curto.
Apesar do entusiasmo inicial, o progresso em relação às obras necessárias tem sido lento. Das obras anunciadas no pacote de preparativos para a COP 30, apenas o Parque da Cidade, localizado no antigo Aeroclube, teve obras efetivamente iniciadas. A peculiaridade desse caso é que o projeto está sendo financiado integralmente por uma empresa privada, a mineradora VALE.
Entretanto, projetos importantes, como o Porto Futuro II, a requalificação da Avenida Doca de Souza Franco, a Avenida Tamandaré, e a revitalização de pontos turísticos icônicos como o Ver-O-Peso e o Canal São Joaquim, permanecem no papel, sem data para início.
A pressão aumenta à medida que a data da avaliação da ONU se aproxima. Em 27 de agosto, Belém receberá uma delegação da Organização das Nações Unidas que irá avaliar as condições da cidade para sediar a COP 30. Durante a recente Cúpula da Amazônia, o representante da ONU destacou os desafios significativos que a cidade enfrenta para se tornar uma anfitriã adequada para a conferência.