As transações financeiras via PIX alcançaram um patamar histórico no Pará em 2024, movimentando R$ 504,2 bilhões, conforme dados do Banco Central. O crescimento foi impulsionado tanto por pessoas físicas (PF) quanto por jurídicas (PJ), com altas de 47,34% e 53,56%, respectivamente, em relação ao ano anterior.
Facilidade e agilidade impulsionam o uso do PIX
Para o economista e consultor empresarial Valfredo de Farias, o crescimento do PIX deve-se à sua praticidade, instantaneidade e menores custos em comparação com outras modalidades. “As pessoas preferem o PIX porque ele elimina tarifas e taxas administrativas que eram comuns no uso de cartões e transferências como TED e DOC”, destaca.
A preferência por essa modalidade já impactou outros meios de pagamento. O DOC foi descontinuado, e o TED, apesar de ainda existir, perdeu espaço devido às tarifas e ao tempo de processamento. Boletos bancários também estão sendo substituídos, com a inclusão de QR Codes para pagamento via PIX.
Mercado informal e adaptação tecnológica
O PIX também se popularizou no mercado informal, sendo amplamente utilizado por camelôs, ambulantes e pequenos comerciantes, segundo Valfredo. “Ele viabiliza vendas que antes seriam inviáveis, especialmente porque muitos clientes já não carregam dinheiro em espécie”, avalia.
Ainda assim, o economista prevê que o cartão de crédito deve continuar relevante, devido à possibilidade de parcelamento e pagamento diferido, algo que o PIX, apesar de oferecer opções semelhantes, ainda não domina totalmente.
Dados do Banco Central mostram crescimento expressivo
Os números do Banco Central ilustram o avanço do PIX no Pará:
- Pessoa física:
- 2023: R$ 225,94 bilhões
- 2024: R$ 332,90 bilhões (alta de 47,34%)
- Pessoa jurídica:
- 2023: R$ 111,54 bilhões
- 2024: R$ 171,29 bilhões (alta de 53,56%)
Tendência de liderança absoluta
Com a implementação de novas tecnologias previstas pelo Banco Central, como o PIX por aproximação, a modalidade deve se consolidar ainda mais. “Dentro de dois ou três anos, o PIX deve dominar o mercado financeiro, tornando-se a principal ferramenta de pagamento”, conclui Valfredo de Farias.
