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Torre da Prodepa desaba em Limoeiro do Ajuru e outras torres da empresa estão em situação precária no Pará

Na última sexta-feira, 7, no final da manhã, uma torre desabou na cidade de Limoeiro do Ajuru, no arquipélago do Marajó. A torre era utilizada pela Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará (Prodepa) para atender a órgãos municipais e estaduais por meio de links de rádio. Apesar do susto com a queda, felizmente, ninguém se feriu.

O incidente afetou também as cidades próximas, como Cametá, Oeiras do Pará, Bagre e Breves que estão, momentaneamente, sem links de internet da rede do Estado.

Precárias – A queda dessa torre mostra a situação precária de outras torres, utilizadas pela Prodepa, em todo o estado do Pará, porque não receberam manutenções preventivas nos últimos anos. No caso de Limoeiro do Ajuru, uma equipe técnica esteve no local um dia antes da queda, para realizar ajustes na estrutura da torre, porém os ajustes ocorreram tarde demais e não foram suficientes para evitar que a estrutura desabasse.

A responsabilidade de manutenção dessas estruturas é da Gerência de Projetos de Infraestrutura de Telecomunicações da Prodepa, cujo gestor do contrato de manutenção e gerente de área é o engenheiro Rafael Thury Cruz, subordinado à Diretoria de Projetos Especiais, que tem gerenciamento de Luiz Carlos Henderson Guedes de Oliveira. A situação de abandono das torres é de conhecimento desses gestores.

Situação pior – Denúncias recebidas pelo Pará Web News dão conta de que há várias torres em situações ainda piores pelo estado do Pará. No final do ano passado, um relatório mostrando algumas torres em situações precárias foi apresentado aos responsáveis e à presidência da Prodepa, por meio de um protocolo interno número 2015/28110, mas poucas dessas torres receberam manutenções preventivas desde então.

Torres como as de Breves e Oeiras do Pará também estão em situações preocupantes, mas uma das piores estruturas é a torre localizada na cidade de Marapanim, região nordeste do Pará. Moradores que residem próximos à essa torre relatam que a estrutura está prestes a cair e que, apesar de muitas reclamações, nada foi feito até hoje.

Sem proteção – A maioria das torres da Prodepa não possui qualquer placa ou aviso para evitar que pessoas não autorizadas se aproximem, não há nem mesmo muros ou cercados em muitos desses locais. É comum encontrar comunidades inteiras vivendo muito próximas dessas torres, o que torna a situação ainda mais preocupante.

A queda de uma torre desse tipo causa a interrupção dos serviços da Prodepa, deixando vários serviços governamentais, em níveis estadual e municipal, fora do ar, tais como hospitais, delegacias de polícia e hot zones públicas para o acesso gratuito da população. O descaso com o patrimônio público e com as vidas de moradores é evidente.

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