A Amazônia, um dos tesouros naturais mais preciosos do mundo, é o foco do projeto de cinema “Telas em Movimento” que traz, neste ano, a temática “Frutos da Amazônia”. A iniciativa permite que o público mergulhe em uma jornada visual e emocionante, destacando a riqueza e a diversidade da região.
A edição, que estreou na última semana, traz duas frentes temáticas: infância e clima, que mostra a urgência em adotar medidas concretas para mitigar os efeitos negativos do aquecimento global, preservando o meio ambiente para as gerações futuras. De acordo com o último Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), as crianças que vivem na América do Sul irão enfrentar, cada vez mais, a escassez ou acesso restrito à água. Ainda de acordo com o relatório, os jovens e adolescentes de hoje serão ainda mais impactados pelos efeitos da crise climática no futuro, que podem ser desde o aumento de doenças respiratórias, desnutrição, deslocamentos forçados, fome, questões de saúde mental e rompimento de vínculos familiares.
Ao trazer para os debates os jovens – gerações Y e Z -, a conversa mostra a preocupação crescente dos mesmos com as questões ambientais. Muitos deles, inclusive, estão abandonando as formas tradicionais de participação social, como sindicatos e grêmios estudantis, para engajar-se em Organizações Não Governamentais (ONGs) voltadas para a preservação do meio ambiente. As novas gerações buscam, cada vez mais, projetos nas comunidades tradicionais, como os coletivos de estudantes quilombolas, indígenas e do campo, que buscam melhorias em áreas como educação, saúde e meio ambiente.
Para expandir os debates sobre a infância e a juventude e sustentabilidade, o projeto Telas em Movimento, em colaboração com comunidades, utiliza o cinema como meio de compartilhar reivindicações e facilitar discussões. Nesta edição, as oficinas serão realizadas em cinco territórios específicos, que são: os municípios de Bragança e Bujaru, região nordeste do Pará; bairro do Jurunas, na capital paraense; Ilha de Caratateua, distrito de Outeiro e Salvaterra na ilha do Marajó.
O objetivo é servir como ponte para explorar a diversidade cultural amazônida e promover diálogos significativos sobre questões relacionadas à juventude e sustentabilidade nessas localidades.



