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Sim, mas e o BRT?

Ontem os vereadores de Belém aprovaram um projeto de lei que permite que taxistas com passageiros utilizem a pista segregada do BRT.

Quem anda todos os dias pela Almirante Barroso, já viu quase que corriqueiramente, carros de passeios utilizando as pistas. Uns não usam giroflex, mas a maioria sim. A informação repassada é que são carros de autoridades, de funcionários públicos que são autorizados a andar pela canaleta. Mais um privilégio para classe.

É possível ver o contraste: trânsito engarrafado nas pistas, parado e o povo se espremendo nas latas velhas que ousam chamar de ônibus em Belém. Na pista do BRT, o caminho livre para os privilegiados. A Belém de novas ideias também é assim.

O BRT que não é BRT continua como uma novela arrastada, sem nada acontecendo por quase dois ano. Com 12 ônibus articulados circulando, que vivem sobrecarregados, principalmente em horários de pico, as autoridades de Belém – prefeitura e vereadores – vão fechando os olhos e continuam a ignorar o problema de mobilidade urbana na cidade. Nem o recente aumento e nem a ameaça feita pelo Setransbel, de retirar ônibus de circulação, foram suficientes para que o tema seja discutido com mais afinco e com a devida importância que tem.

Os vereadores estão interessados em agradar classes específicas, a PL de ontem é reflexo disso. Por outro lado, a conclusão do BRT, um problema comum e que interessa a toda população de Belém, fica para escanteio, o que parece ser proposital.

O pouco do que já foi feito na estrutura do BRT está sendo perdido, há estações depredadas, outras com portas quebradas e uma, em São Brás, que nunca funcionou e virou abrigo de morador de rua. A extensão até a área central de Belém pouco se fala.

Belém não pode parar por causa da indiferença dos seus políticos. Ou a novas ideias se apresenta. Ou a cidade vai ficar para trás, sendo referência do que há de pior em estrutura urbana, saneamento e transporte público. E é essa cidade que queremos mostrar para o Brasil?

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