Ao menos 22 casos suspeitos da síndrome de Haff estão sendo investigados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). Mais de um mês após a notificação da primeira suspeita no estado paraense, até a manhã desta segunda-feira, 11, nenhum caso teve confirmação, de acordo com a informação compartilhada pelo portal G1 Pará.
Conhecida como “doença da urina preta”, a síndrome pode estar relacionada ao consumo de alguns pescados contaminados por uma toxina em caso de má conservação.
São dois casos suspeitos em Belém, dois em Afuá, dois em Chaves, um em Trairão, dois em Almerim, três em Juruti e nove em Santarém, onde um paciente morreu. A condição de saúde das outras 21 pessoas não foi detalhado nesta segunda.
Não há previsão para o resultado nas análises e, segundo a Sespa, a confirmação ou não da doença não afeta o tratamento dos pacientes.
Investigações
As amostras dos pescados consumidos e também dos pacientes foram encaminhadas pelo Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen) para uma unidade referência em análise de algas nocivas e ficotoxinas, que fica em Santa Catarina.
Como há possibilidade de serem toxinas as causadores da síndrome, pesquisadores do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (Mapa), em São José (SC) e Laboratório de Algas Nocivas e Ficotoxinas do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), em Itajaí (SC), trabalham conjuntamente nas investigações.
Paralelamente, pesquisadores do Instituto Evandro Chagas e da Sespa atuam no Pará em duas frentes de trabalho e fiscalizações também têm sido intensificadas.



