A secretaria de mobilidade urbana de Belém (Semob) informou por meio de nota que está finalizando “análise técnica dos estudos tarifários apresentados pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel)”.
Neste domingo (13) o Setransbel informou que a conta das empresas de ônibus não está fechando com aumento no preço do diesel e diminuição de 25% na quantidade de passageiros transportados por causa da pandemia. A última vez que Belém aumentou a passagem de ônibus foi em 2019. Em maio de 2019, o litro do diesel era R$ 3,34, com o último aumento o litro foi para R$ 6,30, o que representa defasagem de 88,6%.
LEIA MAIS: Passagem de ônibus em Belém pode passar dos R$5,00
O presidente da Setransbel, Paulo Gomes Fernandes, declara que um novo cálculo aponta que a tarifa de ônibus de Belém, nas condições atuais, deveria custar acima de R$ 5, caso seja mantido o modelo vigente, em que os custos das empresas, prioritariamente combustíveis e folha de pessoal, é pago inteiramente pelas passagens.
“Belém é uma das únicas capitais brasileiras em que o transporte não é subsidiado, junto a Acaraju e Porto Velho, apenas. Todas as outras têm algum subsídio. Isso significa que todos os gastos, que na maioria são para pagar o combustível e os funcionários, em torno de 80%, vem da tarifa. É importante frisar isso. A gente vem apelando para as autoridades para que sejam tomadas medidas urgentes. O colapso do sistema é iminente”, enfatiza.
A Semob informou que está trabalhando “para assegurar a continuidade e a melhoria no serviço de transporte público coletivo envolvem um necessário esforço conjunto de todas as esferas de governo”. Mas não especificou de que maneira e o que está fazendo, uma vez que o processo de licitação está parado assim como a continuidade das obras do BRT.
CONFIRA A NOTA COMPLETA:
Prefeitura toma medidas para assegurar a melhoria no serviço de transporte público em Belém
A Prefeitura de Belém, por meio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), explica que vem acompanhando com atenção redobrada o agravamento nacional e local da situação do transporte público coletivo, ocasionado pela pandemia da covid-19 e pelos constantes aumentos do combustível, especialmente com a escalada de aumentos determinada pelo governo federal, na última semana.
Neste contexto, a Semob vem buscando soluções para garantir uma prestação adequada no serviço (regularidade, segurança, etc) à população.
Contudo, também entende que as medidas a serem adotadas para assegurar a continuidade e a melhoria no serviço de transporte público coletivo envolvem um necessário esforço conjunto de todas as esferas de governo.
Como exemplo, a recente aprovação pelo Senado Federal, a partir de demanda apresentada pela Frente Nacional de Prefeitos, do Projeto de Lei 4.392/2021, que constitui um fundo de R$ 5 bilhões, para subsidiar gratuidades no transporte coletivo em nível nacional. Este PL encontra-se pendente de votação na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).
Por fim, a Semob está ultimando a análise técnica dos estudos tarifários apresentados pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel).



