CRIMENOTÍCIASParáREGIONAL

Saiba quem era a jovem morta por policial militar em Belém

Jovem foi baleada na noite do dia 12; namorado, um PM, alegou disparo acidental e foi preso em flagrante

Bruna Meireles Corrêa, de 32 anos, foi morta com um tiro na noite do dia 12, em Belém. A jovem, natural de Colares, no nordeste do Pará, morava na capital há sete anos, onde cursava Nutrição e vivia com o padrinho. O autor do disparo foi o namorado da vítima, o policial militar Wladson Luan, que alegou ter efetuado o tiro de forma acidental. Ele foi preso em flagrante e está sob custódia enquanto o caso é investigado.

A Polícia Militar do Pará informou que Wladson Luan foi imediatamente detido após o crime e conduzido à delegacia para prestar depoimento. A Polícia Civil segue com as investigações e realiza diligências para esclarecer a dinâmica do ocorrido. O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para realizar a perícia no local e a necropsia da vítima.

Família da vítima desconhecia relacionamento

Bruna vivia com seu padrinho em Belém, e seu pai, que reside no interior do estado, afirmou que não sabia do relacionamento da filha com o policial militar. Amigos próximos relataram que a jovem era discreta sobre sua vida pessoal e focada nos estudos. A perda inesperada gerou grande comoção entre familiares e colegas da universidade.

A família da vítima pede que as autoridades apurem o caso com rigor. O pai de Bruna declarou que espera justiça e que o caso não seja tratado como um mero acidente.

Investigação segue em andamento

A Polícia Civil informou que está ouvindo testemunhas e analisando provas para determinar se o disparo foi realmente acidental ou se há indícios de feminicídio. O crime ocorreu em um contexto em que o Brasil registra números alarmantes de violência contra a mulher. Apenas em 2023, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou mais de 1.400 casos de feminicídio, o que equivale a cerca de quatro mulheres assassinadas por dia.

A polícia deve concluir o inquérito nos próximos dias, quando o Ministério Público decidirá se Wladson Luan responderá pelo crime de feminicídio ou outra tipificação penal. Enquanto isso, ele segue preso, aguardando os desdobramentos da investigação.

Etiquetas

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar