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Rio tenta monopolizar eventos internacionais no Brasil: O Globo critica a COP 30 em Belém em editorial

Visão sudestina ignora importância da Amazônia e esforço de Belém para sediar conferência climática

O jornal O Globo publicou um editorial mostrando preocupações sobre a capacidade de Belém para sediar a COP 30, que ocorrerá em novembro de 2025. No texto, são destacados pontos como a falta de infraestrutura, a escassez de leitos para hospedagem e as limitações do aeroporto. Entretanto, a crítica reverbera em imparcialidade do editorial e o interesse por trás dessas observações, apontando um possível lobby por parte do Rio de Janeiro.

Nos últimos meses, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, tem se posicionado de forma incisiva em busca de oportunidades para que o Rio de Janeiro receba eventos internacionais, incluindo tentativas de atrair parte da COP 30 para a cidade. O Rio já é conhecido por ter sediado grandes eventos, como a Rio+20 e os Jogos Olímpicos de 2016, e essa insistência em participar da organização da COP indica que o estado tenta monopolizar a realização de eventos desse porte no Brasil.

A análise de O Globo, que ecoa preocupações de infraestrutura e logística, reflete uma visão sudestina que, segundo críticos, negligencia o valor simbólico e prático da escolha de Belém para a COP. A cidade, considerada a metrópole mais antiga da Amazônia e porta de entrada para a região, vive um momento de transformação, impulsionado pela visibilidade que o evento trará.

Além disso, a própria escolha de Belém por parte do presidente Lula está enraizada na necessidade de destacar a Amazônia, um bioma central nas discussões sobre mudanças climáticas. Sediar a COP 30 em Belém significa reconhecer os desafios enfrentados pela região e oferecer uma plataforma global para destacar suas necessidades e soluções.

Embora a crítica do O Globo seja baseada em preocupações legítimas, como a infraestrutura de aeroportos e saneamento, ela desconsidera que a realização do evento em uma cidade amazônica cria um impulso para investimentos em melhorias duradouras. A COP 30 é uma oportunidade histórica para que Belém e a Amazônia ganhem voz e reconhecimento.

A vontade política de manter a COP 30 em Belém é reflexo de um movimento mais amplo de inclusão da região Norte nas pautas de relevância global. A crítica, por vezes vista como desproporcional, leva o debate sobre a centralização de eventos no eixo Sudeste e a necessidade de expandir a representatividade para outras regiões.

Soluções criativas para a infraestrutura de Belém, como hospedagens em transatlânticos e construção de vilas modulares, mostram que a cidade está buscando alternativas viáveis para superar as dificuldades. O desafio é inegável, mas também é uma oportunidade de crescimento e fortalecimento regional, algo que vai além da perspectiva carioca.

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