Restaurante na Blue Zone oferece almoço completo por R$ 40, mas relato é ignorado por jornalistas do Sudeste
Enquanto reportagens destacam preços altos na COP30, praça de alimentação do evento conta com opção de comida à vontade, bebida e sobremesa por valor acessível, aberta ao público em geral.
Desde ontem, veículos de imprensa do Sudeste têm repercutido matérias sobre preços elevados durante a COP30 em Belém, especialmente em quiosques e pontos próximos às áreas reservadas à imprensa. No entanto, esse retrato ignora a diversidade de serviços disponíveis no espaço do evento.
Na Blue Zone, uma das principais áreas da conferência, há uma praça de alimentação ampla, com diversos restaurantes atendendo visitantes, delegações e moradores. Entre eles, está um restaurante que oferece almoço, bebida e sobremesa à vontade por R$ 40, em cobrança fixa, sem taxa adicional.
O restaurante é aberto ao público, não sendo restrito a delegações. Visitantes relatam que a refeição é servida normalmente, sem filas extensas ou diferenciação no atendimento. Além disso, há outros estabelecimentos com preços considerados acessíveis: refrigerante por cerca de R$ 11 e lanches variados em valores similares aos de praças de alimentação convencionais.
Os relatos contrastam com a narrativa reforçada por parte da imprensa nacional, que tem destacado apenas quiosques localizados próximos à área de trabalho para jornalistas — ambientes onde o preço costuma ser mais elevado por conveniência.
A poucos metros do local da conferência, há ainda opções de supermercados e atacarejos, como o Super Atacadão Matheus, que opera com valores regulares de mercado, acessíveis tanto a moradores quanto a visitantes.
A ausência dessas informações no noticiário nacional tem sido percebida por moradores como um recorte seletivo que reforça estereótipos e distorções sobre a cidade



