Por Bernardino Greco
A notícia é oficial. O Governo do Estado do Pará anunciou que irá reformar o Mangueirão e transformá-lo no maior e melhor estádio da região Norte, ao custo “aproximado” de R$ 160.000.000,00 (Cento e Sessenta Milhões de Reais). A obra deverá durar 18 meses.
É óbvio que o termo “aproximado” significa que custará bem mais que isso (e a obra levará mais que 18 meses). Também é certo que teremos mais escândalos de desvios na obra. Esse roteiro os paraenses já conhecem.
Deixando de lado os escândalos futuros, a própria decisão de gastar essa vultosa quantia em algo como reforma de estádio já é, por si só, um escândalo. Além de irresponsabilidade, revela a indiferença com os problemas que afetam a população paraense.
A quarentena quebrou empresas e causou desemprego. A arrecadação estadual caiu e ainda vai cair por força dessa tragédia econômica. Nossas estradas estão péssimas. A pandemia mostrou o quanto nosso sistema de saúde é despreparado. A educação é sofrível, inclusive nossas escolas (essas, sim, poderiam ser reformadas).
Com poucos recursos, precisamos de um governador que tenha uma mínima noção do que é prioritário e utilize esses recursos com responsabilidade.
No entanto, a ideia de Helder Barbalho para melhorar a vida do povo paraense é gastar pelo menos cento e sessenta milhões de reais em reforma de estádio.
Com tantos escândalos em tão pouco tempo e com a Polícia Federal à sua porta, mais uma gastança inútil e irresponsável deveria ser crime, mas a Legislação Brasileira é bem leniente com os maus gestores.
A política do “pão e circo” funciona bem, desde o tempo do império romano (e certamente antes disso). Basta que o povo governado seja paciente, pacífico e, sobretudo, ignorante.
E é exatamente essa a aposta que faz Helder Barbalho.
Vejamos agora se Helder está certo!
Bernardino Greco é advogado, ativista liberal e membro do Partido Novo. Veja mais em: https://linktr.ee/bernardinogreco




“Se demolir, não vai construir”. Ananindeua sabe muito bem o que é isso!