A questão do lixo é ignorada pela Câmara Municipal de Belém.
O cenário de Belém vem sendo marcado por uma grave crise na gestão do lixo, que, infelizmente, parece ser deixada em segundo plano pela Câmara Municipal. Apesar de os vereadores terem o dever de fiscalizar e propor soluções para os desafios da cidade, a realidade se mostra bem diferente, com pautas muitas vezes questionáveis ganhando mais atenção do que questões cruciais.
A prova dessa situação reside nos múltiplos problemas que a capital paraense enfrenta, e que continuam sendo solenemente ignorados nas sessões legislativas. Ao invés de enfrentar de frente a realidade das ruas, a Câmara Municipal se perde em debates e projetos que, para muitos, carecem de relevância, como a recente aprovação do “dia municipal do veganismo popular”.
O ponto de crise mais iminente é o fechamento definitivo do aterro sanitário de Marituba, previsto para esta quinta-feira, 31. O destino do lixo produzido em Belém após o fechamento do aterro permanece incerto, já que a coleta de lixo está irregular, áreas ficaram sem coleta e pontos de descarte irregular se espalham pela cidade. Sacolas de lixo se acumulam pelas ruas, evidenciando a precariedade do sistema.
A situação se agrava ainda mais diante da realização de diversos eventos internacionais voltados para a discussão ambiental em Belém, que deveria estar se preparando para sediar a COP 30 em 2025. No entanto, a negligência parece prevalecer, com o prefeito Edmilson Rodrigues falhando em buscar soluções para os problemas cruciais da cidade.
O prefeito, muitas vezes distante das preocupações da população, não demonstra um posicionamento claro em relação à crise do lixo e outros desafios urbanos. O silêncio e a falta de ações efetivas por parte da liderança municipal têm gerado insatisfação e preocupação crescentes entre os moradores.
Enquanto a cidade enfrenta essa crise na coleta de lixo, é esperado que a Câmara Municipal atue como voz do povo, cobrando explicações e ações concretas do prefeito. Contudo, até o momento, essa esperança parece estar sendo frustrada, à medida que o foco da Câmara permanece direcionado para áreas que, diante dos problemas cotidianos de Belém, podem parecer secundárias.
O cenário que se desenha exige um esforço conjunto da liderança municipal, da Câmara e da população para encontrar soluções rápidas e eficazes para a crise do lixo. A cidade não pode mais se dar ao luxo de ignorar seus desafios mais prementes, e é fundamental que as autoridades atuem com seriedade para evitar um colapso na coleta e disposição de resíduos.