Quem era “PP”, chefe de facção no Pará morto em megaoperação no Rio
Wesley Martins, conhecido como “PP” ou “WL”, era um dos principais líderes do Comando Vermelho com atuação no Pará; ele foi morto durante a Operação Contenção, a mais letal da história do Rio de Janeiro.
O governo do Rio de Janeiro divulgou nesta sexta-feira (31) a lista parcial dos mortos na Operação Contenção, que mirou integrantes do Comando Vermelho em diferentes estados. Entre os identificados está o paraense Wesley Martins e Silva, de 27 anos, conhecido como “PP” ou “WL”, apontado como um dos chefes da facção com atuação no Pará.
A lista, divulgada pela Cúpula da Segurança Pública do Rio, confirmou 99 nomes entre os 109 mortos. Destes, 15 eram do Pará, incluindo lideranças e integrantes de facções locais que buscavam refúgio nas comunidades dominadas pela facção carioca.
Natural de Belém, Wesley Martins era considerado um dos criminosos mais procurados pela polícia paraense. Após a confirmação de sua morte, começou a circular nas redes sociais uma foto em que ele aparece ao lado do rapper Oruam, no Rio de Janeiro.
Outros nomes do Pará também aparecem entre os mortos, como Lucas da Silva Lima (“LK” ou “Pezão”, 29 anos), Rodolfo Pantoja da Silva (28), Edson de Magalhães Pinto (“Mangote”, 21), Nailson Miranda da Silva (“Moju”, 27), Vitor Ednilson Martins Maia (“Ipixuna do Pará”, 25), Arlen João de Almeida (“Terrorista”, 30) e Luan Carlos Dias Pastana (“Luan Castanhal”, 35), entre outros.
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Em nota, a Polícia Civil do Pará informou que a corporação participou das investigações e encaminhou os prontuários civis para identificação dos corpos, processo que está sendo conduzido por peritos do Rio de Janeiro.
Segundo o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado, parte dos crimes cometidos no estado — como extorsões, execuções e tráfico — eram ordenados por lideranças criminosas que se refugiaram no Rio.
“Muitos procuram o Rio de Janeiro para se refugiar e também para dar ordens de lá. Foram cumpridos 32 mandados de prisão de pessoas do Pará que estavam atuando nos complexos da Penha e do Alemão”, afirmou.
A Operação Contenção, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, teve como objetivo desarticular o controle do Comando Vermelho sobre áreas estratégicas da Zona Norte. Mais de 2.500 agentes participaram da ação, que resultou em intensos confrontos, barricadas em chamas e até o uso de drones com explosivos por parte dos criminosos.



