A implantação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Belém volta a ser pauta nas discussões sobre mobilidade urbana. A ideia de conectar o Complexo Feliz Lusitânia, na Cidade Velha, ao bairro de São Brás, por meio de um sistema moderno e sustentável, surge como uma proposta para requalificar o transporte público e valorizar a região histórica da cidade.
O projeto, inicialmente discutido em 2015, envolvia uma parceria entre o governo estadual e a prefeitura para atender áreas com alta densidade populacional e grandes desafios de mobilidade. O VLT se apresenta como uma solução capaz de integrar importantes bairros da cidade, reduzir o tráfego de veículos e contribuir para a diminuição da poluição, especialmente na região central.
Especialistas destacam que o VLT seria não apenas um avanço no transporte público, mas também um catalisador para a revitalização do centro histórico de Belém. No entanto, o custo elevado, estimado em até quatro vezes o valor do sistema BRT, exige um planejamento criterioso e a busca por alternativas de financiamento, como parcerias público-privadas ou recursos federais.
“A integração com outros sistemas de transporte, como o BRT, é fundamental para que o VLT seja eficiente e traga benefícios reais para a população”, apontam urbanistas.
Além de facilitar o deslocamento entre polos centrais da cidade, o VLT tem o potencial de impulsionar o turismo e promover sustentabilidade, alinhando-se às necessidades de modernização e requalificação urbana de Belém.
Embora ainda seja um sonho distante, a viabilidade do projeto depende de um esforço conjunto entre os setores público e privado, além de um compromisso com o planejamento e a eficiência no uso dos recursos públicos.