Um projeto liderado pelo Fundo Vale em colaboração com a empresa Belterra Agroflorestas está prestes a recuperar 20 mil hectares de áreas degradadas no Pará, equivalente a mais de 20 mil campos de futebol. O projeto integra a produção de cacau com práticas de reflorestamento, representando um passo significativo no combate às mudanças climáticas, ao revitalizar áreas anteriormente degradadas.
Utilizando a metodologia dos sistemas agroflorestais (SAFs), que combina o cultivo de culturas agrícolas com espécies florestais, o projeto beneficiará mais de 2 mil agricultores no sudeste do Pará. Os SAFs não apenas geram renda, mas também contribuem para a conservação do meio ambiente, promovendo simultaneamente o desenvolvimento econômico e a restauração ambiental.
Franz Neld, colaborador de campo da Belterra em Altamira, destaca a importância do projeto em sua vida, ressaltando a satisfação de ver a evolução das áreas que antes eram apenas capim. O projeto representa uma oportunidade de vida para Franz, que cresceu em uma família de agricultores e encontrou no trabalho de campo uma conexão vital com a terra.
O geógrafo Valmir Ortega, fundador da Belterra, destaca a eficácia dos sistemas agroflorestais na regeneração do solo e na restauração da biodiversidade. Essa abordagem, comprovadamente efetiva, ajuda a prevenir o esgotamento de recursos naturais, promove o desenvolvimento da bioeconomia e contribui para a captura de carbono, desempenhando um papel crucial no combate ao aquecimento global.
O diretor-executivo do Fundo Vale, Gustavo Luz, destaca o projeto como um ciclo virtuoso de desenvolvimento. O Fundo Vale visa acelerar negócios que impulsionem uma economia florestal sustentável, fortalecendo cadeias produtivas, promovendo o bem-estar social e protegendo o meio ambiente. O projeto no Pará é parte integrante dessa visão, alinhando-se à meta da Vale de proteger e recuperar 500 mil hectares de florestas brasileiras até 2030.
O projeto Fundo Vale/Belterra tem a ambição de disseminar sistemas agroflorestais em três polos cacaueiros – Amazônico, Xingu e Carajás – nos próximos sete anos, abrangendo 20 mil hectares. A previsão inclui a produção de 60 mil toneladas de cacau, impulsionada pelo maior viveiro de mudas de cacau do Brasil, em construção em Canaã dos Carajás, com capacidade inicial para 2 milhões de mudas, alcançando 10 milhões nos próximos dois anos.
Além da meta de 20 mil hectares no Pará, o Fundo Vale também apoia a Plataforma Territórios Sustentáveis do Governo do Pará, contribuindo para iniciativas de desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono no Estado. Este compromisso adicional foi formalizado durante a COP 28, em Dubai, marcando um passo importante em direção a um futuro mais sustentável.
Projeto Fundo Vale/Belterra em Números até 2030:
- 30 milhões de mudas plantadas;
- 20 mil hectares de áreas recuperadas;
- Benefício a 2 mil agricultores;
- Produção estimada de 60 mil toneladas de cacau;
- Maior viveiro de mudas de cacau do Brasil com capacidade inicial para 2 milhões, alcançando 10 milhões nos próximos dois anos.



