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Professores da UFPA paralisam atividades em defesa da nomeação de reitor eleito

Professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) vão paralisar as atividades de Ensino Remoto Emergencial da instituição durante esta semana. A paralisação, definida em assembleia geral da Associação dos Docentes da UFPA (ADUFPA), na tarde de terça-feira, 6, é um protesto da categoria contra a não nomeação do professor Emmanuel Tourinho como reitor da UFPA.

Além de paralisar as atividades, os docentes pretendem transformar as aulas remotas em espaços de debates e diálogo com estudantes e a comunidade acadêmica sobre a necessidade de resistência a uma possível intervenção do governo federal na UFPA.

A assembleia da ADUFPA definiu, ainda, um calendário de mobilizações e autorizou a diretoria da entidade a tomar todas as medidas políticas e jurídicas cabíveis para garantir que o reitor eleito pela comunidade universitária seja empossado pelo Ministério da Educação (MEC).

Carreata – A agenda de mobilização começa nesta quinta-feira, 8, a partir das 8 horas, com uma carreata nas ruas de Belém. A concentração será no estacionamento do prédio da reitoria da UFPA, de onde carros, motos e bicicletas sairão em direção à praça da República. Na terça-feira, 13, os docentes, em conjunto com servidores técnico-administrativos e estudantes, promovem um ato público na UFPA, a partir das 8 horas.

Segundo o diretor-geral da ADUFPA, Gilberto Marques, as manobras do Governo Federal para não nomear o reitor eleito pela comunidade universitária são graves e representam uma agressão ao conjunto da sociedade. “Precisamos fortalecer a resistência contra qualquer intervenção do governo Bolsonaro na UFPA, e não mediremos esforços para fazer valer a democracia e a vontade de nossa comunidade”, garante Gilberto.

Intervenção – Há mais de duas semanas após o encerramento de sua gestão à frente da UFPA, o reitor eleito para um novo mandato com 92,7% dos votos, professor Emanuel Tourinho, ainda aguarda nomeação.

O vice-reitor Gilmar Silva segue no comando da instituição até o próximo dia 10 de outubro, e caso Emmanuel não seja nomeado até esta data, a Universidade corre o risco de ser comandada por um interventor, em um grave ataque à democracia universitária.

Fonte: Comunicação ADUFPA

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