Na última sexta-feira (18), Leudercio do Socorro Arnoud Monteiro, mais conhecido como “Leosam”, produtor de conteúdo e presidente do Partido Liberal (PL) em Cametá/PA, foi preso por ordem judicial após fazer diversas críticas ao prefeito Victor Cassiano (MDB). A prisão gerou polêmica, sendo considerada por muitos uma ação de censura.
Acusações e Prisão
Leosam foi detido em sua residência, no bairro da Matinha, acusado de crimes de difamação, calúnia e injúria, conforme os artigos 138, 139, 140 e 141, inciso II, 82º do Código Penal Brasileiro. Essas acusações raramente resultam em prisão no Brasil, o que destaca a peculiaridade do caso. Após a prisão, Leosam foi encaminhado ao presídio da cidade.
A detenção de Leosam provocou indignação na comunidade. Na segunda-feira (20), dezenas de manifestantes se reuniram no centro de Cametá, clamando pela libertação do comunicador e afirmando que se trata de uma prisão política. Os manifestantes argumentam que a ação é uma tentativa de silenciar críticas ao prefeito.
O juiz de primeira instância de Cametá, Márcio Rebello, que ordenou a prisão de Leosam, é casado com a deputada estadual Paula Titan, do mesmo partido do prefeito (MDB). Em 2021, Rebello já havia determinado que Leosam entregasse seu computador, notebook e celular à Delegacia de Polícia Civil local e proibiu o blogueiro de utilizar redes sociais e aplicativos de mensagens para criticar o prefeito, atendendo a uma queixa-crime apresentada pelo próprio prefeito Victor Cassiano.
