Em uma ação que parece mais uma retaliação política do que uma medida em prol da saúde pública, a prefeitura de Capitão Poço, município localizado no nordeste do Pará, emitiu uma portaria proibindo o Hospital Maternidade do Povo de licitar com a administração pública para prestar serviços de assistência à saúde aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, já em vigor, priva a população de mais uma porta de acesso aos serviços de saúde essenciais. As informações são do Portal Olavo Dutra.
A portaria, de número 005/2024, publicada no Diário Oficial do Estado, afeta diretamente a oferta de procedimentos como consultas, ultrassonografias e o próprio atendimento de parto, essenciais para a população usuária do SUS. A Maternidade do Povo de Capitão Poço, vinculada ao Hospital Aldomar Aarão Monteiro, corre o risco de fechar as portas, seguindo o mesmo destino do hospital, que encerrou suas atividades em maio do ano passado por falta de pagamento dos serviços executados no SUS.
Segundo informações de fontes internas, a medida adotada pelo prefeito João Tonheiro, do PL, seria uma retaliação política ao deputado estadual Erick Monteiro, do PSDB, que anunciou sua pré-candidatura à prefeitura do município. Os hospitais afetados pela decisão são ligados à família do deputado, o que teria motivado o suposto boicote por parte da administração municipal.
Além disso, especula-se que o governador do estado, Helder Barbalho, esteja envolvido na questão, apoiando indiretamente a medida como parte de uma estratégia política para fortalecer seus aliados no município. Mesmo após promessas anteriores de encontrar soluções para a retomada do funcionamento do hospital, nada foi feito, deixando a população sem acesso adequado aos serviços de saúde.