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Prefeitura de Belém troca BRT por BRS na avenida Júlio César

No último sábado, 28, a prefeitura de Belém anunciou um pacote de obras faltando apenas 1 ano para as eleições municipais. Correndo contra o tempo e com altos índices de rejeição, Edmilson afirmou que serão investidos cerca de R$ 2 bilhões na cidade.

A prefeitura não deu muitos detalhes, mas entre as obras citadas e destacadas estão o Parque Urbano Igarapé São Joaquim; duplicação e urbanização da avenida Bernardo Sayão; implantação do BRS (Bus Rapid Service) na Av. Júlio César; reforma do Complexo do Ver-o-Peso; urbanização e requalificação do Complexo do Mercado de São Braz e a macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Mata Fome (Prommaf), que fazem parte de um pacote de obras para a COP-30, segundo informações da Agência Belém.

Chama atenção o destaque para a implantação do BRS na avenida Júlio César, uma vez que para lá estava previsto a implantação do BRT que iria integrar a avenida Augusto Montenegro com o centro da cidade.

O BRS é diferente do BRT – Bus Rapid Transit. Enquanto o BRT permite espaço exclusivo ao transporte coletivo por meio de corredores totalmente separados do tráfego de carros, o BRS se trata apenas de faixas para uso exclusivo de ônibus em determinados horários ou durante todo o dia. Por conta disso, o BRS é mais sujeito a invasões por parte de carros e motos.

O BRT conta com estações que oferecem acessibilidade, como embarque ou desembarque feito na mesma altura do assoalho do ônibus, dispensando o uso dos degraus no veículo. O BRS possui apenas pontos nas ruas, que podem oferecer abrigo, mas não a mesma proteção para os passageiros que as estações de BRT.

No BRT as estações permitem o pré-embarque, ou seja, o pagamento da passagem antes da chegada do ônibus, o que diminui o tempo de parada e aumenta o espaço dentro do ônibus que não precisa ter catracas. Já no BRS, o pagamento deve ser feito dentro do ônibus.

O BRS é indicado para locais onde não é possível realizar obras para um corredor ou como medida de curto prazo até a criação de espaços exclusivos, o que não é o caso da avenida Júlio César.

Vale ressaltar que o projeto do BRT Belém ainda está longe de ser concluído. O corredor Augusto Montenegro-Almirante Barroso funciona de forma improvisada, sem integração total com linhas alimentadoras e longe de ter um sistema controlado, tornando o sistema mais eficiente. São poucos ônibus articulados e algumas estações estão sem funcionar (como é o caso de uma em São Brás que virou abrigo para moradores de rua).

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