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Prefeito de Belém emprega 662 assessores em gabinete, denuncia UOL

Reportagem aponta que 92% dos cargos de confiança no gabinete de Edmilson Rodrigues (Psol) são ocupados por indicados políticos; gastos com assessores subiram 470% em comparação a 2020.

Uma reportagem publicada nesta quinta-feira (19) pelo Portal UOL revelou que o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, filiado ao Psol, mantém 662 assessores em seu gabinete. Destes, 92% são indicações políticas, totalizando 610 funcionários sem concurso público.

Edmilson Rodrigues, que é o único prefeito do Psol em uma capital brasileira e está em busca da reeleição, teria elevado os custos com pagamento de assessores comissionados em mais de 470% em comparação ao último ano da gestão de Zenaldo Coutinho (PSDB). Entre janeiro e abril de 2020, o então prefeito desembolsou R$ 1,8 milhão com assessores. No mesmo período de 2024, a administração de Rodrigues gastou R$ 8,5 milhões.

Acusações de clientelismo e uso político de cargos

O cientista político Sérgio Praça, em entrevista ao UOL, afirmou que cerca de 25% dos assessores comissionados são filiados ao Psol, enquanto outras 24 indicações vêm do vice-prefeito, Edilson Moura, do PT. Para Praça, esses números sugerem o uso de cargos comissionados para fins eleitorais e partidários, destacando que “a esquerda é tão clientelista quanto partidos do centrão”.

A reportagem também aponta que a administração de Edmilson abriu espaço para militantes de correntes internas do Psol, como a Primavera Socialista e a Revolução Socialista, além de políticos de partidos de esquerda, como PT, PSTU, PCdoB, PV e PDT.

Contraste com discurso e baixa popularidade

O aumento no número de assessores e nos gastos contrasta com o discurso da bancada do Psol no Congresso, que frequentemente critica o inchaço da máquina pública. A equipe do prefeito enfrenta baixa popularidade, especialmente devido a denúncias de superfaturamento, greves e má gestão de recursos públicos. A última pesquisa eleitoral do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada no início de setembro, colocou Edmilson Rodrigues em terceiro lugar nas intenções de voto, com 12,7%, mas o prefeito liderava a rejeição, com 53% dos eleitores afirmando que não votariam nele.

Essa gestão vem sendo criticada por opositores, que afirmam que a máquina pública foi inflada para acomodar aliados políticos e militantes partidários, o que resultou em um aumento substancial das despesas com pessoal, impactando negativamente a percepção do governo junto à população.

(Fonte: Portal UOL, 19/09/2024)

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