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Prédio da Assembleia Paraense virou ruína porque Justiça Trabalhista retirou elevador

No coração do centro de Belém, um cenário de decadência e perigo chama a atenção dos passantes. O Bloco B do Edifício Assembleia Paraense, outrora um marco de elegância e utilidade, agora repousa em estado de abandono e ruína iminente. Por trás dessa triste transformação, repousa uma história inusitada que o historiador Heber Guerreiro compartilhou com o público através do Twitter.

Erguido nos anos 60, o Edifício Assembleia Paraense ostentou seu esplendor por cerca de duas décadas. O prédio, que incorporava uma mistura de usos entre residenciais e comerciais, logo se tornou um local de vida e negócios. O projeto, construído em regime de incorporação, viu todas as suas unidades rapidamente comercializadas, contribuindo para a movimentação do centro urbano.

Entretanto, os anos 70 marcaram o início de um declínio gradual. Problemas financeiros e de manutenção começaram a minar a estabilidade do condomínio, lançando sombras sobre a antiga grandiosidade do edifício. A situação culminou no leilão dos elevadores do prédio em uma tentativa desesperada de quitar as crescentes dívidas. O ano de 1984 trouxe um revés definitivo quando a corporação de bombeiros, devido às condições precárias do edifício, ordenou a interdição do mesmo. Esse evento forçou os proprietários a abandonarem a edificação.

Uma reviravolta judicial singular marcou o ponto de virada: a execução de uma ação trabalhista que resultou na apreensão do elevador do prédio como forma de pagamento de uma dívida pendente. A ausência desse elemento crucial, o elevador, teve um efeito cascata surpreendente. Sem o meio de transporte vertical, o edifício de 18 andares inevitavelmente mergulhou em um estado de decadência irreversível, culminando no estado de ruína visível aos olhos de quem passa.

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